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Internacional
Segunda - 04 de Abril de 2011 às 12:30
Por: Daniela Fernandes

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As operações para retirar restos mortais de passageiros e parte da fuselagem do avião AF 447 da Air France, localizados no Oceano Atlântico no domingo, deverão começar no prazo de três semanas a um mês, afirmou nesta segunda-feira Alain Bouillard, responsável pelas investigações do acidente.

O avião Airbus da Air France caiu no oceano em 31 de maio de 2009 após decolar do Rio de Janeiro com destino a Paris com 228 passageiros a bordo. Somente cerca de 50 corpos haviam sido encontrados pouco após a catástrofe.

Segundo Bouillard, “vários corpos” foram encontrados durante a quarta operação de busca da fuselagem e das caixas pretas do avião, iniciada em 25 de março.

No entanto, a ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet, e representantes do Escritório de Análises e Investigações (BEA, na sigla em francês) preferiram não fazer nenhum comentário sobre os restos mortais localizados na fuselagem do avião, afirmando que as famílias das vítimas deverão ser informadas primeiro.

`Última chance´

Em uma coletiva na tarde desta segunda-feira na sede do BEA em Le Bourget, nos arredores de Paris, a ministra disse que a descoberta de grande parte do avião “é um momento muito importante para o luto das famílias e para permitir maior segurança no setor aeronáutico”.

De acordo com Jean-Paul Troadec, diretor do BEA, já foi iniciado o processo de licitação para definir o navio e os equipamentos que serão utilizados para resgatar os destroços do avião da Air France.

A descoberta da fuselagem ocorre pouco após o início da quarta fase de buscas do avião, no dia 25 de março, em uma nova área de 10 mil quilômetros quadrados que não havia sido vasculhada até então.

Esta quarta fase de buscas era considerada a “operação da última chance” para encontrar as caixas-pretas do avião.

Para Alain Bouillard, “é fundamental localizar as caixas-pretas do avião para determinar as causas do acidente”.

Mas, mesmo que as caixas pretas sejam encontradas, os técnicos do BEA ainda não sabem se os dados técnicos sobre o voo e conversas dos pilotos foram conservados e se poderão ser analisados.

Até o momento, o BEA afirma que os sensores de velocidade do avião, os chamados tubos Pitot, são um dos elementos que provocaram problemas no Airbus, mas não a causa do acidente.
 






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