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Internacional
Segunda - 04 de Abril de 2011 às 12:25

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A recuperação de restos humanos e das caixas-pretas do voo 447 da Air France que caiu próximo ao litoral brasileiro em junho de 2009 com 228 ocupantes começará em torno de um mês, disseram nesta segunda-feira em Paris os investigadores do acidente.

Estes serão os trabalhos prioritários das equipes de resgate dos destroços do avião, grande parte dos quais foram localizados, confirmou o Escritório de Investigação e Análise (BEA, na sigla em francês), órgão responsável pelas investigações sobre as causas do acidente.

O diretor deste organismo, Jean-Paul Troadec, declarou em entrevista coletiva que foram encontrados corpos, mas informou que "a prioridade será encontrar as caixas-pretas" do avião para tentar esclarecer as causas do acidente.

Os responsáveis pela investigação não deram mais detalhes sobre os corpos encontrados.

O BEA está selecionando agora os meios técnicos mais adequados para proceder as operações de recuperação dos restos do avião, que cobria a linha entre Rio de Janeiro e Paris.

Serão utilizados submarinos avançados equipados com câmeras de alta definição e braços articulados capazes de manipular os destroços.

O responsável pela operação, Alain Bouillard, declarou que não sabe o estado em que se encontram as caixas-pretas após quase dois anos a cerca de 4 mil metros de profundidade no oceano Atlântico.

"Não imaginamos o estado destes instrumentos depois de tanto tempo", disse Troadec, quem manifestou sua "confiança" em encontrá-los.

"Não sabemos se estão junto à fuselagem ou se foram desprendidos. Nesse caso será mais difícil encontrá-las", declarou Bouillard.

Os destroços encontrados se estendem em uma área "relativamente reduzida" e foram achados durante a quarta campanha de rastreamento.

Os investigadores não quiseram comunicar o ponto exato em que os destroços foram encontrados para não interferir nos trabalhos de recuperação.

Iniciada em 18 de março, a nova campanha de busca se centrou em uma área não explorada até então, que, segundo os investigadores, tinha menos probabilidade de conter destroços.

A fase de busca foi financiada pela Air France, proprietária do avião, e pela Airbus, seu fabricante, que no total investiram mais de US$ 28 milhões para encontrar os destroços do avião.





Fonte: EFE

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