Indústria nuclear não pode continuar igual após Fukushima, diz ONU
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, advertiu nesta segunda-feira que o mundo e a indústria atômica não podem continuar "como se nada tivesse ocorrido" após a crise nuclear na usina de Fukushima Daiichi, no Japão.
"As preocupações de milhões de pessoas de todo o mundo sobre se a energia nuclear é segura devem ser levadas a sério", disse Amano na abertura da 5ª Conferência de Revisão da Convenção de Segurança Nuclear (CNS).
"Uma adesão rigorosa às normas internacionais mais fortes de segurança e plena transparência, em épocas boas e más, são vitais para restabelecer a confiança das pessoas na energia nuclear", afirmou.
Mas, além disso, "está claro que é preciso fazer mais para fortalecer a segurança nas usinas nucleares para reduzir significativamente os riscos de futuros acidentes".
A conferência reúne os reguladores nucleares dos 71 países que aderiram a esta convenção internacional e vai até o dia 14.
A CSN, ratificada por todos os países que possuem centrais nucleares, entrou em vigor em 1996, depois dos acidentes de Three Miles Island (EUA) e Tchernobil (União Soviética, atualmente Ucrânia).
Aperfeiçoar a proteção das usinas nucleares, otimizar a provisão de emergência das mesmas e proteger o combustível usado em caso de acidente, além de enfrentar melhor prolongados cortes de eletricidade são alguns dos assuntos importantes a serem abordados no encontro.
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