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Nacional
Sábado - 02 de Abril de 2011 às 11:59

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O site da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) foi invadido por hackers na madrugada deste sábado. Os hackers acrescentaram dois textos na página de últimas notícias da associação: "Os fatos sobre a homossexualidade" e "Bolsonaro para presidente do Brasil".

No texto sobre homossexualidade, os hackers citam passagens bíblicas e o Moses (Movimento pela Sexualidade Sadia), que dizem ser "uma importante organização dedicada a ajudar homens e mulheres homossexuais durante a transição para um estilo de vida celibatário e a transição para a heterossexualidade".

No outro link, os invasores dizem ser a favor da família e contra a pederastia.

O presidente da associação foi avisado pela reportagem da Folha sobre o ataque. "É um absurdo, invadiram a nossa casa. Vamos procurar a polícia, registrar ocorrência e entrar em contato com nossos advogados para tomarmos todas as providências cabíveis", afirmou Reis.

A reportagem entrou em contato com o Moses e sua versão será incluída assim que houver manifestação.

Na sexta-feira (1º), a associação divulgou que entrou com uma representação na PGR (Procuradoria Geral da República) contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) pedindo a investigação criminal contra o deputado para apuração dos crimes de racismo, injúria e difamação contra mulheres, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

"Como homofobia não é crime, queremos que ele seja investigado por racismo. Estamos perplexos diante de tanta asneira de um parlamentar destilando homofobia e racismo. Mesmo sabendo da impunidade de um parlamentar, queremos que ele seja ouvido, investigado e punido", afirmou o presidente da associação, Toni Reis, ontem à Folha.

No início da semana, em entrevista ao programa "CQC", da TV Bandeirantes, Jair Bolsonaro disse que "não viajaria em avião pilotado por cotistas nem aceitaria ser operado por médico [ex-cotista]". Em resposta à cantora Preta Gil sobre a eventualidade de um filho ter envolvimento amoroso com uma mulher negra, o deputado respondeu: "não vou discutir promiscuidade. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem-educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu".

Na quinta-feira (31), o site de Preta Gil saiu do ar após sofrer um ataque de hackers. O grupo que se autodenomina "Command Tribulation" postou uma mensagem contrária à criminalização da homofobia.

"Site hackeado. Abaixo a lei da homofobia. Abaixo a PL 122", escreveram na página, em referência ao Projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional






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