Químicos pedem cautela em caso de acusação de fraude científica
O presidente da SBQ (Sociedade Brasileira de Química) declarou na quinta-feira que "não é hora de crucificar nem de defender" os químicos brasileiros acusados de má conduta científica.
Claudio Airoldi, da Unicamp, líder da equipe que teria fraudado dados de ressonância magnética, é um dos membros mais antigos da SBQ.
"Já discutimos o tema. Vamos admitir que o fato seja verídico. Mesmo que seja, não temos função de polícia nem de justiça", disse à Folha Cesar Zucco, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
Para Zucco, há instâncias apropriadas para investigar a situação, em especial a Unicamp, "empregadora dele", e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
"Não vou dizer que seria precipitado da nossa parte emitir uma condenação, mas creio que não cabe fazê-lo agora."
Do mesmo modo, a ABC (Academia Brasileira de Ciências), da qual Airoldi é membro, disse que vai esperar o fim das investigações para se pronuncia.
Comentários