Polícia investiga possível cúmplice no sequestro da menina Lavínia

O delegado Robson da Costa, titular da Delegacia de Campos Elíseos (60ª DP), abriu um novo inquérito para apurar a possível participação de um cúmplice no sequestro que terminou com a morte da menina Lavínia, de seis anos, que teve o corpo encontrado dentro do quarto de um motel, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no dia 2 de março. Costa quer saber como a criança foi retirada de casa.

Luciene Reis Santana, apontada como amante do pai de Lavínia, teve a prisão preventiva decretada nesta quinta-feira (31) pelo juiz Paulo Tostes, da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias. Ela deve responder pelo crime presa.

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- Não sabemos, por exemplo, se Luciene agiu sozinha, se tinha informações sobre o local, foi lá e cometeu o crime. Uma hipótese é ela ter contado com ajuda de alguém para localizar a janela do quarto da menina e até ter sido ajudada a entrar no imóvel sem que ninguém percebesse.

Segundo Costa, alguns depoimentos não batem e todos os familiares da vítima ouvidos vão prestar novos depoimentos. O policial não descartou a possibilidade de uma reconstituição para tirar as dúvidas que ainda restam.

- Eu não desconfio de ninguém e desconfio de todos. Todos os depoimentos afirmam que Luciene não conhecia a casa. Uma pessoa que não conhecia o local não poderia entrar, ir até a janela da menina e retirá-la de lá. Ninguém ouviu nada e nem o cachorro que estava no quintal latiu. Outro ponto estranho foi a confiança que a menina teve nela pra sair com ela de boa vontade.

Uma conclusão possível, no entanto, é a de Luciene ter agido sozinha para matar a criança. A polícia tentou uma confissão de Luciente sobre a dinâmica do crime e a participação de outra pessoa, mas ela se recusa a falar, mesmo sob a possibilidade de ter a pena reduzida.

O inquérito que investigou a morte de Lavínia foi concluído em um mês e tem 460 páginas.