Após escândalo, Dior não tem pressa de substituir John Galliano
A casa de moda francesa Christian Dior não está com pressa de substituir o estilista John Galliano, que caiu em descrédito, porque confia em suas equipes existentes para criar novas coleções, disse seu presidente na quinta-feira.
Uma das maiores marcas do grupo de artigos de luxo LVMH, a Dior demitiu Galliano no início do mês depois da divulgação de um vídeo em que ele grita insultos em um bar parisiense e afirma que ama Hitler.
O presidente-executivo da Dior, Sidney Toledano, disse que a empresa estuda nomes possíveis para tomar o lugar de Galliano e que o desenvolvimento criativo da marca não foi interrompido.
Esta semana a revista de moda Elle informou que é possível que a Dior não anuncie o substituto de Galliano antes do outono europeu deste ano.
"O anúncio pode ser feito a qualquer momento, depois do outono ou antes", disse Toledano à Reuters após a reunião anual de acionistas da LVMH, em Paris.
"Isso requer um período de estudo de vários projetos. Como nossas equipes internas estão trabalhando perfeitamente bem, temos tempo."
Toledano disse que as equipes da grife estão trabalhando sobre uma nova coleção e que haverá um desfile de alta-costura da Dior no início de julho, conforme o previsto.
Mas não está claro o que acontecerá com a grife John Galliano, 92% de cujas ações pertencem à Dior. Toledano disse que caberá à Dior decidir seu futuro, mas não deu mais detalhes.
Críticos de moda disseram que Galliano, conhecido por suas criações dramáticas e teatrais, tinha perdido a sintonia com os estilos minimalistas, sóbrios e conservadores que ganharam preferência desde a crise financeira.
Entre os nomes possíveis cogitados para tomar o lugar de Galliano estão Peter Copping, da Nina Ricci, e, dentro do grupo LVMH, Riccardo Tischi, da Givenchy, e Phoebe Philo, da Celine.
Comentários