A renúncia de Pacolli, que foi eleito para o cargo basicamente protocolar num acordo de compartilhamento de poder com o primeiro-ministro Hashim Thaci, poderá forçar a antecipação das eleições parlamentares, a menos que os partidos do governo e da oposição cooperem para pôr fim ao impasse.
O próprio percurso de Pacolli para a Presidência foi aberto depois de uma decisão da corte segundo a qual o seu antecessor, Fatmir Sejdiu, teria descumprido a lei ao servir como líder de partido e presidente ao mesmo tempo, abrindo o caminho para as eleições parlamentares antecipadas de dezembro passado.
"O presidente da República de Kosovo, Behgjet Pacolli, está pronto para respeitar a decisão (da corte constitucional)", disse o principal assessor de Pacolli, Ibrahim Gashi, a jornalistas.
"Pacolli será o candidato dos parceiros da coalizão na nova eleição de um novo presidente, porque ele não violou a Constituição", disse Gashi.
Diplomatas afirmam que o país mais jovem da Europa está produzindo crises e mais crises e não é capaz de lidar com elas.
A nova crise política complicará ainda mais as negociações técnicas com a Sérvia, da qual se separou há três anos, e adiará a venda de companhias estatais.
Os partidos PDK, de Thaci, e AKR, de Pacolli, votaram em Pacolli no Parlamento, mas um boicote dos partidos de oposição fez com que a eleição não tivesse o quórum de ao menos 80 membros no Parlamento com 120 lugares. A eleição também não teve um candidato rival.
Os partidos de oposição se opõem ferrenhamente à candidatura de Pacolli em razão do seu histórico de laços comerciais com a Rússia, o principal opositor da independência de Kosovo.
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