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Internacional
Quarta - 30 de Março de 2011 às 14:37

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Rebeldes têm sofrido reveses nas últimas batalhas
Rebeldes têm sofrido reveses nas últimas batalhas

Os rebeldes na Líbia foram nesta quarta-feira forçados a recuar ainda mais ante os avanços das tropas aliadas ao líder líbio Muamar Khadafi, que retomaram o controle sobre a cidade de Ras Lanuf e forçaram combatentes opositores a fugir de Brega, ambos centros petrolíferos no leste do país.

Um correspondente da BBC em Brega diz que as forças de Khadafi estão em vantagem e que os rebeldes ali parecem ter perdido a força de vontade para lutar, ainda que planejem voltar à cidade nesta quarta-feira.

Relatos dão conta de intensos ataques das forças de Khadafi na cidade de Misrata, na costa oeste, e de combates entre Ras Lanuf e Bin Jawad.

A rádio Voz da Líbia Livre, controlada pelos rebeldes, diz que o recuo de Ras Lanuf e Bin Jawad foi uma ação “tática” por causa da ausência de ajuda aérea.

A rádio também admitiu ter errado ao anunciar que Sirte, cidade natal de Khadafi, havia sido tomada pelos rebeldes.

No leste, em Ajdabiya, o correspondente da BBC Ben Brown relata que “os rebeldes não têm o poder de fogo para enfrentar as tropas de Khadafi, que parecem mais resilientes”.

‘Tropas enfraquecidas’

O recuo rebelde começou na terça-feira e se seguiu a um breve período de vitórias dos opositores, com o auxílio dos bombardeios da coalizão internacional que tem atacado as tropas pró-Khadafi.

Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que as forças do líder líbio haviam sido bastante enfraquecidas pelos ataques.

Os países-membros da coalizão estão analisando a possibilidade de armar os rebeldes. Os Estados Unidos e a França dizem que estão mandando enviados ao bastião rebelde de Benghazi para fazer contato com a administração interina local.

O analista de assuntos diplomáticos da BBC Jonathan Marcus diz que se os reveses dos rebeldes prosseguirem, deve crescer a pressão para armar os rebeldes.

Mas ressalta que os efeitos adversos de fornecer armas a opositores já foram vistos em países como Bósnia e Afeganistão e devem servir de alerta para as forças estrangeiras.

A reunião internacional sobre a Líbia, realizada em Londres nesta terça-feira, foi concluída com a decisão de montar um grupo – que inclua governos árabes – para coordenar a eventual ajuda à Líbia caso Khadafi deixe o poder.

Estima-se que as seis semanas de confrontos no país já tenham deixado milhares de mortos.

Nesta quarta-feira, a agência estatal líbia Jana disse que as forças estrangeiras bombardearam alvos civis na cidade de Surman (a oeste de Trípoli, a capital), sem informar o número de mortos. A informação não foi confirmada.
 






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