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Terça - 29 de Março de 2011 às 13:55
Por: Alline Marques

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O projeto do Bus Rapid Transit (BRT) terá de encontrar soluções para as questões ambientais, caso contrário poderá se tornar inviável. Isso porque, o trajeto Aeroporto-CPA, o qual passará pela Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), prevê que o Morro da Luz e a Igreja do Rosário serão impactados. Além disso, vale destacar que o lado esquerdo (sentido Centro-CPA) é tombado como patrimônio histórico, impedindo qualquer mudança na região. A informação é de um especialista viário, ouvido pelo Olhar Direto.

Alguns técnicos e engenheiros já consideram impossível a construção do corredor de ônibus na região central. Para o projeto do BRT, apresentado pela Agência Estadual de Execução de Projetos da Copa à Caixa Econômica Federal, seja efetivado parte do Morro da Luz terá de ser demolido e, em tese, construída uma encosta para evitar o desmoronamento, porém para isso deverá esbarrar nas legislações ambientais.

“Se for seguir a lei o BRT não sai do papel, pois a Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) não poderá autorizar a encosta no Morro da Luz. Além disso, a loja do Rei das Embalagens será uma das primeiras a desaparecer e apesar da insistência em negarem interferência na Igreja do Rosário, isso será inevitável”, garantiu um especialista, em entrevista ao Olhar Direto.

O BRT é um modelo que já está ultrapassado no mundo. Para se ter uma ideia, o maior BRT do país foi construído em Curitiba em 1974 e já se estuda novos modais para atender a capital paranaense. Em Bogotá, capital da Colômbia, este mesmo modelo foi implantado, mas atualmente o sistema de transporte é um caos, com terminais lotados, além de diversos acidentes ocorridos entre os ônibus.

A Agecopa já garantiu cerca de R$ 400 milhões por meio de um financiamento com a Caixa Econômica para construção do BRT. O projeto básico foi entregue ao banco, que disponibilizou técnicos para concluir o projeto executivo e iniciar a licitação. A previsão é de que já em abril seja lançado o edital.

Porém, o governo ainda terá de enfrentar a resistência dos adeptos ao Veículo Leve sobre Trilho (VLT) defendido, principalmente, pelo deputado José Riva (PP) e pelos empresários da região central de Cuiabá que temem as desapropriações. Isso porque, somente os donos dos imóveis deverão ser ressarcidos, enquanto os inquilinos, além do prejuízo de terem de mudar a empresa de lugar, ainda não deverão receber indenização.

O projeto de viabilidade sobre o VLT deverá ser entregue nesta semana ao governador Silval Barbosa (PMDB), que irá avaliar as condições técnicas e financeiras para construção deste modal em Cuiabá.

De acordo com a mesma fonte ouvida pelo Olhar Direto, o sistema de trilhos é muito mais vantajoso, pois reduz o tempo de viagem e o tempo de espera, além de necessitar de menos espaço, evitando as desapropriações.






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