Dos quatro homicídios registrados entre sábado e a manhã de ontem, três ocorreram na cidade vizinha. Ao todo, março já contabiliza 35 execuções
VG volta a liderar ranking da violência
O fim de semana foi mais violento em Várzea Grande, onde a polícia registrou três assassinatos, do que na Capital. Em Cuiabá ocorreu apenas um homicídio. Do total de quatro, a polícia tem suspeita de somente um dos autores. Os crimes em Várzea Grande ocorreram entre sábado à tarde e ontem de madrugada. Em Cuiabá, o homicídio ocorreu ontem de manhã, quando o corpo de um homem de 53 anos, executado com um tiro no tórax, foi encontrado pela companheira quando tentava acordá-lo para trabalhar.
A matança neste fim de semana começou com a execução de Eliseu Manoel de Oliveira, de 31 anos, assassinado com dois tiros que atingiram a cabeça e o pescoço. Ele morreu no local. O homicídio foi no bairro Mapim, próximo do miniestádio, numa rua de grande movimento.
Segundo o relato de testemunhas, ele estava num bar próximo quando recebeu uma ligação em seu celular. Em seguida, caminhou até próximo do miniestádio e foi cercado por um homem que sacou um revólver e atirou duas vezes. Baleado no pescoço e na cabeça, Elizeu morreu no local.
Para policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime seria um acerto de contas, uma vez que a pessoa foi tirada de onde estava para a cena do crime. Os policiais não souberam informar se a vítima tinha antecedente.
“Pelo jeito, armaram a casinha (levaram para o local do assassinato), pois ligaram para um encontro e, lá foi recebido à bala. É assim que acontece num acerto de contas. Alguma coisa a vítima fez”, lembrou um policial.
O delegado Antônio Esperândio esteve no local, conversou com testemunhas e obteve informações a respeito do assassinato. Ele transferiu o caso para o delegado Fausto Freitas que irá continuar as investigações.
Neste mês já são 35 assassinatos em 28 dias, 25 na Capital e 10 em Várzea Grande, incluindo um latrocínio (roubo seguido de morte). Para a polícia, o número chega a ser preocupante, uma vez que a quantidade de homicídios supera o número de dias do mês. “Não precisa ser um craque em matemática para descobrir que em março temos mais de um homicídio por dia. Esse número não deveria ser tão alto”, observou um policial plantonista.
Com tantos assassinatos em Várzea Grande, a DHPP e o Comando Regional II da Polícia Militar discutem hoje um trabalho em conjunto para evitar novos assassinatos e também prender os autores que estão com a prisão preventiva decretada.
Comentários