Silval terá dificuldades de administrar Estado com greves
Com quase de três meses de administração, o governador Silval Barbosa (PMDB) já enfrenta algumas insatisfações por parte de diversas categorias e, caso não seja hábil, terá dificuldades para administrar um Estado com várias frentes de greve.
Silval terá de contar com muito jogo de cintura e apostar na sua equipe sistêmica para contornar as crises setoriais que estão por vir. Durante a campanha, o chefe do Executivo conseguiu o apoio da maioria das categorias do funcionalismo público com promessas e assumiu compromissos.
Agora é preciso pagar algumas faturas e terá de encontrar uma solução para atender todas as reivindicações, principalmente a de reestruturação de carreira de alguns segmentos.
A primeira greve no governo Silval foi e ainda é a dos médicos, que suspenderam as atividades em descontentamento ao modelo de gestão proposto pelo secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry (PP).
Além dos médicos, os servidores da Saúde também ameaçam paralisar suas atividades porque já cobram do governo a implantação de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
O Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e Meio Ambiente (Sisma-MT) já apresentou contraproposta à Secretaria de Estado de Administração (SAD) e a categoria ensaia uma paralisação.
Além deles, os funcionários do Instituto de Defesa Agropecuária (indea) estão em estado de greve e a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap) marcou para segunda-feira (28) uma reunião com a SAD na tentativa de um acordo. Contudo, caso não haja acordo deverá ser deflagrada a paralisação.
Outros servidores que também estudam entrar em greve são da Área Instrumental. O sindicato da categoria já convocou Assembleia Geral para quarta-feira (30) com indicativo de greve. O Sinpaig briga pela reestruturação da carreira dos profissionais da área.
O sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais (Siagespoc) também está insatisfeito com o governo do Estado e ingressou com ação pedindo o fechamento de 37 delegacias. O descontentamento é gerado pela falta de estrutura da polícia.
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