Novo gel para implantes ósseos tem menos chances de rejeição
Um novo gel criado por pesquisadores da Unicamp pode ser uma solução mais eficaz para o preenchimento ósseo, em pequenas fraturas e implantes dentários.
Diferente da maioria dos materiais usados nesses procedimentos, o hidrogel desenvolvido pelo Instituto de Química da universidade tem uma composição semelhante à do osso.
É formado por elementos inorgânicos e orgânicos, o que diminui as chances de o corpo rejeitar o implante.
Essa eficácia foi comprovada em sete testes in vitro, nos quais células ósseas aderiram ao material. Os testes também não mostraram que o hidrogel era tóxico.
A química Geovanna Pires, que desenvolveu o produto, criou um composto formado por hidroxiapatita, material que dá rigidez à substância, e por quitosana, componente orgânico similar ao colágeno do osso.
"Enquanto o hidrogel é absorvido pelo organismo, o osso vai ocupando o espaço e se recompondo", diz Pires, que trabalhou quatro anos nesse projeto.
A textura do hidrogel permite que ele seja moldado e cortado pelos médicos exatamente do tamanho do local em que houve a lesão. "O médico só preenche o buraco, o organismo faz o resto."
Outros materiais usados nessas operações, como pós, grânulos, blocos ou pastas de fosfato de cálcio e colágeno não apresentam todas essas vantagens.
O pó e o grânulo podem não se fixar e acabar se espalhando pelo corpo. Já a pasta não apresenta a porosidade do hidrogel, o que dificulta o transporte de células entre osso e enxerto.
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