Aiea envia equipe ao Japão para detectar alimentos contaminados
A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) enviou ao Japão duas novas equipes de especialistas para colaborar na gestão da crise nuclear, uma delas dedicada a analisar a contaminação radioativa detectada em alimentos.
O organismo com sede em Viena indicou neste sábado em comunicado que as duas equipes já viajaram ao Japão para "ajudar na resposta à emergência na usina nuclear de Fukushima Daiichi", onde o terremoto e o tsunami de 11 de março provocaram grandes danos.
Uma das equipes está composta tanto por pessoal da Aiea como da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e seu trabalho será avaliar a contaminação de alimentos registrada após os vazamentos radioativos e ajudar as autoridades japonesas a recolherem e analisarem dados nesse sentido.
A Aiea reiterou na sexta-feira que a detecção de contaminação obrigou a restrição de distribuição de leite em Fukushima e Ibaraki, e de vegetais em Fukushima, Ibaraki, Tochigi e Gunma, para evitar que cheguem aos mercados.
A segunda equipe está composta por especialistas em proteção radiológica e realizará tarefas de medição e controle da radioatividade
RESFRIAMENTO
A Tepco (Tokyo Electric Power Co.), operadora da usina nuclear Fukushima, informou em comunicado que o vazamento de radiação detectado na água é maior do que o esperado, o que poderá retardar o trabalho para restabelecer o sistema de resfriamento dos reatores.
A Agência de Segurança Nuclear do Japão também declarou que detectou uma concentração de iodo radioativo 1.250 vezes superior ao limite legal na água do mar na área próxima a Fukushima.
Os operários dão prosseguimento neste sábado aos esforços para restabelecer o sistema de resfriamento dos reatores, danificado pelo devastador terremoto e o posterior tsunami que em 11 de março assolaram o nordeste do Japão.
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