Assim expressaram em entrevista coletiva conjunta o secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, e o presidente da comissão da União Africana (UA), Jean Ping, que visitou neste sábado a sede da organização, no Cairo.
Ping transmitiu a Moussa o resultado da reunião sobre o conflito líbio realizada na sexta-feira na sede da UA, em Adis Abeba, "e o desejo de coordener com a Liga Árabe assuntos graves, como a situação na Líbia", disse Moussa aos jornalistas.
Moussa se mostrou a favor de um cessar-fogo na Líbia para evitar mais vítimas entre a população civil, enquanto Ping qualificou a Liga Árabe como "o primeiro parceiro" da organização pan-africana.
"Entendemos as posturas sustentadas pelas partes (na Líbia) e, portanto, continuaremos nossas consultas no futuro", acrescentou Ping.
Ontem, em Adis Abeba, a UA apresentou uma série de propostas para resolver a crise líbia, que incluem reformas democráticas e o diálogo entre as partes, em uma cúpula da qual também participaram representantes de Rússia, China, EUA e França.
Embora houvesse representantes do Governo de Trípoli, faltaram responsáveis do Conselho Nacional de Transição (CNT), a direção rebelde que tem sua sede na cidade de Benghazi.
Nessa reunião, a delegação do Governo líbio se mostrou disposta a iniciar as propostas da UA, "incluindo a adoção e aplicação de uma política que satisfaça os desejos do povo líbio de maneira pacífica e democrática", disseram em comunicado os representantes líbios.
A declaração também expressou que o Governo líbio se compromete a observar um cessar-fogo se a mesma medida for imposta aos rebeldes.
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