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Cidades/Geral
Sexta - 13 de Setembro de 2013 às 22:44

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Colaborar no combate à criminalidade na região da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia é o principal objetivo do juiz substituto da Primeira e Terceira Varas Criminais da Comarca de Cáceres, Jorge Alexandre Ferreira, que assumiu nesta sexta-feira o posto de representante do Poder Judiciário no Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira.


 
Composto por várias instituições responsáveis pela segurança pública do Estado, o gabinete, instalado em dezembro de 2011, busca uma solução para os crimes mais comuns na região, entre eles tráfico internacional de drogas, contrabando e descaminho, roubo e furto de veículos, conflitos agrários e tráfico de pessoas.


 
Na avaliação do magistrado, o combate ao tráfico de drogas deve ser prioridade nas ações desenvolvidas pelo gabinete, já que ele é o principal responsável pelo aumento da criminalidade na região.


 
Segundo o magistrado, atualmente cerca de 80% dos presos da Cadeia Pública de Cáceres cumprem pena por crimes relacionados às drogas, seja de forma direta, pelo tráfico, ou indireta, como nos crimes contra o patrimônio para o consumo de droga. "O trabalho desse grupo é extremamente relevante porque todos estão unidos com o mesmo objetivo, que é o de reduzir a criminalidade na região", destaca.


 
O magistrado ressalta que a troca de informações entre instituições responsáveis pela Justiça, como Poder Judiciário e Ministério Público, e os agentes repressores, como as polícias, pode resultar em uma justiça mais eficiente. Ele explica que muitas vezes um acusado é liberado porque há problemas no período de investigação, como prisões irregulares e inquéritos mal feitos.


 
Ao mesmo tempo, o Poder Judiciário também pode colaborar mais com o trabalho da polícia, concedendo autorizações para escuta ou mandados de busca e apreensão, muitas vezes indispensáveis para subsidiar uma investigação. "Trabalhando juntos fica mais fácil encontrar soluções", observa.


 
Secretário-executivo do gabinete, o tenente-coronel Wankley Correia Rodrigues diz que outro objetivo das ações do gabinete é garantir a segurança de magistrados e servidores que trabalham na região de fronteira, para que insegurança e ameaças não comprometam o trabalho dos juízes que atuam na região. Ao todo, 14 comarcas estão inseridas na região fronteiriça, que compreende 28 municípios em um raio de 150 km da linha de fronteira.


 
O coordenador militar do Poder Judiciário, coronel Wilson Batista, participou nesta sexta-feira da reunião do gabinete, que ocorre a cada mês. Ele conta que pelo fato de existirem várias comarcas nessa região, o papel da Coordenadoria Militar é garantir não apenas a segurança de magistrados e servidores, mas também do jurisdicionado. "Esse trabalho de parceria favorece em primeiro lugar a sociedade", afirma o coronel.





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