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Internacional
Sexta - 25 de Março de 2011 às 16:46

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A violência se espalhou pelas ruas da Síria nesta sexta-feira, com soldados abrindo fogo contra manifestantes antigoverno em várias cidades do país. As manifestações e a violenta repressão representam uma escalada na revolta popular, inspirada pelos movimentos em outros países árabes --como Egito, Líbia e Tunísia.

Segundo a rede de TV Al Jazeera, ao menos 20 pessoas teriam morrido após disparos da polícia para dispersar a manifestação.

A emissora, que cita várias testemunhas, disse que as mortes ocorreram em Sanamein. A Al Jazeera também informou que outro manifestante morreu em Deraa

De acordo com o relato de um morador, soldados atiraram contra manifestantes na cidade de Deraa, no sudeste do país, após a multidão tentar atear fogo à estátua do ex-presidente Hafez Assad, pai do atual presidente, Bashar al Assad. Milhares correram para a praça central Assad depois que os tiros começaram muitos deves gritando "Liberdade" e segurando bandeiras, de acordo com informações de um morador que falou por telefone com a Associated Press.

Jornalistas que tentaram entrar na região central de Deraa --onde acontece a maior parte da violência-- foram impedidos por veículos das forças de segurança.

"Tudo voltou ao normal, acabou", disse um major do Exército aos jornalistas em frente à sede do partido governista Baath em Deraa, antes de forçá-los a sair da região.

Deraa, cerca de 100 quilômetros a sul de Damasco, foi palco nos últimos dias de violentos enfrentamentos entre manifestantes de oposição e forças policiais, com dezenas de civis mortos.

De acordo com testemunhas, vários manifestantes perderam a vida nos disparos em Sanamein, quando seguiam para Deraa.

Sanamein fica 40 quilômetros ao norte de Deraa. Não foi possível confirmar a informação com fontes independentes ou médicas.

EUA

Nesta sexta-feira, a Casa Branca pediu que o governo sírio suspenda os ataques contra manifestantes e procure o "diálogo político".

Jay Carney, porta-voz do presidente americano, Barack Obama, disse hoje que o governo americano está "muito preocupado" com a repressão aos cidadãos na Síria.

Segundo ele, os EUA conversam com aliados no Oriente Médio e acompanham de perto a situação na Síria.

Confrontos também ocorrem hoje em outros países árabes, como Bahrein, Iêmen e Jordânia. Segundo Carney, o futuro do Oriente Médio "dependerá de os desses países escolherem ouvir seu próprio povo".

CAPITAL

Em Damasco, cerca de 200 pessoas foram às ruas na área da ponte Thawra, perto da praça Marjeh, cantando slogans contra o governo. Eles foram perseguigos por membros das forças de segurança, que os agrediram e detiveram alguns deles, de acordo com informações de ativistas.

Segundo manifestantes, mais de mil pessoas foram às ruas da cidade de Latakia. Ao menos uma morreu e várias outras foram hospitalizadas. Na cidade de Raqqa (norte), uma multidão também protestou e várias pessoas foram presas.

Os mortos na violência na Síria não podem ser confirmados de forma independente, mas ativistas dizem que já são cerca de cem.

A conselheira da Presidência, Buzeina Shaaban, disse que 34 pessoas morreram nos conflitos.






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