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Saúde
Sexta - 25 de Março de 2011 às 15:30

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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, são cerca de 300 milhões de pessoas com asma em todo o mundo. A doença é a principal causa de 250 mil mortes prematuras ao ano, passíveis de prevenção.

Celebrado desde 1998, o Dia Mundial da Asma é comemorado na primeira terça-feira do mês de maio. No Brasil, encabeçada pela Iniciativa Global contra a Asma, GINA, a data servirá de alerta contra a doença, responsável por 250 mil mortes prematuras em todo o mundo, três mil delas só no Brasil. Quase todas poderiam ser prevenidas com tratamento adequado.

Médicos e profissionais de saúde que lidam com pacientes asmáticos em todo o país buscarão, neste dia, difundir informações sobre a doença e o controle dos seus sintomas a fim de reduzir as hospitalizações e o número de mortes por asma no mundo, contribuindo para que os portadores da doença tenham melhor qualidade de vida.

“A principal informação que precisa estar clara para a população, e especialmente para portadores da doença e seus familiares, é que só conseguiremos reduzir estes índices de hospitalizações e também as mortes pela doença evitando as exacerbações, que são as crises de asma”, orienta o dr. Álvaro Cruz, diretor-executivo da GINA Brasil.

O especialista explica que sendo a doença crônica, na maioria das vezes de origem alérgica familiar, não existe cura. Mas todo paciente deve ser tratado e receber acompanhamento médico. “Em casos mais graves, mesmo sob controle, os pacientes precisam continuar usando regularmente as suas medicações, tal como se faz na hipertensão ou diabetes”.

O principal objetivo da GINA, de lideranças e de associações interessadas no combate à asma em todo o mundo é criar esta cultura de tratamento contínuo, evitando a necessidade de hospitalizações ou atendimentos de emergência no momento das crises, que podem ser fatais.

“A nossa meta é reduzir as hospitalizações até 2015 em 50%, e não é impossível. Mas precisamos mobilizar não apenas os pacientes, mas também os profissionais de saúde, imprensa, lideranças políticas e sociedade”, revela dr. Rafael Stelmach, membro do Comitê Executivo da ONG no Brasil.

 Mitos e verdades

MITO: O médico só deve ser procurado em caso de crise: esta afirmação é uma das principais causas dos altos índices de hospitalizações por asma. O correto é manter o tratamento conforme orientação médica, e só interromper quando autorizado pelo médico. Desta forma, o paciente poderá usufruir de uma vida com muito mais qualidade, e sem sustos.

VERDADE
: O paciente asmático pode e deve praticar atividade física, mas sempre sob orientação e acompanhamento médico. Ao contrário do que muitos pensam, uma pessoa com asma controlada não apenas pode praticar esportes regularmente, como pode chegar a nível profissional. Exemplos dessa superação são os nadadores Mark Spitz e o brasileiro Fernando Scherer, o Xuxa; assim como a triatleta brasileira Carla Moreno, heptacampeã do Troféu Brasil de Triatlo.

MITO: O uso contínuo de medicamentos como as chamadas ‘bombinhas’ oferece risco cardíaco: esta afirmação está errada e é uma das principais causas de falta de tratamento adequado de pessoas com asma. Os tratamentos com medicamentos inalados são os ideais porque agem diretamente onde a doença está, e podem ser utilizados sem receio, sempre sob orientação médica.

VERDADE: Asma e bronquite crônica não são a mesma coisa, ao contrário, são doenças bastante diferentes. Enquanto a asma atinge indivíduos de qualquer faixa etária, especialmente as crianças, com sintomas de falta de ar e chiado no peito, a bronquite crônica está relacionada ao tabagismo. É uma doença pulmonar obstrutiva crônica, assim como o enfisema pulmonar, e dificilmente atingirá uma criança. Em geral, os pacientes são adultos e fumantes.
 
 GINA Brasil

Trazida para o Brasil em 2010 - que foi o chamado Ano do Pulmão - pelo Dr. Álvaro Cruz (Membro do Conselho Diretor da ONG internacional), com o apoio de 109 médicos brasileiros, a Iniciativa Global contra a Asma é uma organização não governamental formada de voluntários - que compõem um conselho, comitês, e grupos de trabalho e de experts - e empresas parceiras. Parte da Aliança Global contra Doenças Respiratórias Crônicas (GARD), a ONG atua desde 1995 reunindo os maiores especialistas no assunto para elaborar estratégias de controle da doença. Era inicialmente liderada pela OMS e pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA.

O site oficial da ONG no Brasil (www.ginabrasil.com.br) traz informações e algumas dicas para quem quer se engajar nesse projeto. Um dos passos mais importantes para reduzir as hospitalizações por asma em 50% até 2015 é montar um grupo de apoio que englobe autoridades de saúde pública, representantes governamentais, ONGs e sociedades respiratórias.






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