Governo "recolhe" patrulhas e rodovias ficam caóticas

O caos nas estradas mato-grossenses chamou a atenção dos deputados que têm encontrado dificuldade nas viagens pelo interior do estado. O problema é que o governo do Estado retirou as patrulhas, que ajudavam na manutenção das rodovias, devido à mudança de gestão, que antes pertencia aos consórcios intermunicipais.

Os parlamentares também têm criticado o fato do Programa MT 100% Equipado ter frustrado as expectativas da maioria. Isso porque, os equipamentos foram repassados aos municípios, que não dão conta de manter os maquinários em funcionamento.

O secretário de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana, Arnaldo Alves, explicou ao Olhar Direto que as patrulhas do Estado foram retiradas porque o governo realizou uma licitação para contratar uma empresa que ficará responsável por contratar operadores e prestar manutenção. Ainda de acordo com ele, até abril as máquinas devem voltar à ativa.

Quanto ao Programa MT 100% Equipado, Arnaldo explicou que os maquinários foram repassados às prefeituras. Os contratos de cessão foram renovados este ano e cabe às administrações municipais gerir o uso das máquinas e caminhões.

Com as chuvas a situação nas estradas ficou prior e os deputados parecem ter acordado para o fato. Até mesmo Aldato de Freitas, Daltinho, parlamentar do mesmo partido que o governador Silval Barbosa (PMDB), apresentou um requerimento para exigir a retomada do programa. Segundo ele, as Prefeituras não têm condições financeiras para bancar as manutenções e muitos maquinários estão quebrados.

“Mato Grosso precisa ter condições de trafegabilidade para continuar avançando. Todo o estado necessita de melhorias em suas estradas, além da construção de pontes, já que alguns municípios estão isolados”, destacou o peemedebista.

O programa além de ganhar repercussão pelo lado positivo, pois foi a maior aquisição de maquinários do país, acabou nas páginas policiais com os escândalos de superfaturamento, comprovados pela própria Auditoria Geral do Estado. O ex-secretário de Infraestrutura Vilceu Marchetti foi indiciado e apontado como líder do esquema, investigado pela Delegacia Fazendária e Ministério Público do Estado.