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Internacional
Sexta - 25 de Março de 2011 às 12:10

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O premiê japonês, Naoto Kan, disse nesta sexta-feira que a situação na usina nuclear de Fukushima Daiichi, danificada pelo terremoto e tsunami do último dia 11, continuava muito instável.

"A situação atual continua sendo muito imprevisível. Estamos atuando para impedir que a situação piore. Precisamos continuar extremamente vigilantes", declarou Naoto, em entrevista coletiva.

Quatro reatores da central nuclear de Fukushima Daiichi, situada 250 km ao nordeste de Tóquio, sofreram graves acidentes em consequência de uma avaria do sistema de resfriamento provocada pelo terremoto e tsunami de 11 de março.

Segundo a operadora da usina Tokyo Electric Power (Tepco), o vaso do reator 3 da central nuclear de Fukushima, que contém as barras de combustível, pode estar danificada.

A Agência de Segurança Nuclear do Japão também cogitou danos à estrutura, após ter sido detectada na área água com elevado nível de radioatividade. O líquido tinha concentração de 3,9 milhões de becquerel de material radioativo por centímetro cúbico, nível 10 mil vezes maior que o registrado pela água de dentro de um
reator nuclear ativo.

Em entrevista coletiva, um porta-voz do organismo japonês apontou que a água com radiação pode provir do núcleo do reator, pelo que "não se pode descartar" que haja danos na estrutura de contenção, embora, insistiu, "é prematuro tecer conclusões".

A fonte acrescentou que também é possível que o líquido provenha da piscina de armazenamento de combustível do mesmo reator, embora tenha considerado essa opção menos provável.

Os operários de Fukushima, com a ajuda de bombeiros de Tóquio e da cidade de Kawasaki, retomaram nesta sexta-feira o lançamento de água sobre as unidades 2, 3 e 4 da central para resfriar os reatores, enquanto tentam reativar a energia que alimenta seus sistemas de resfriamento.






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