Número de desempregados em SP cresce 10,9% em fevereiro
A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu de 6% em janeiro para 6,6% em fevereiro. O contingente de pessoas à procura de trabalho aumentou 10,9% em relação a janeiro, o que representa um aumento de 65 mil pessoas.
"O mercado de trabalho em São Paulo ainda não deslanchou", afirmou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento. O principal impacto foi a dispensa de trabalhadores temporários, especialmente no comércio, onde foram cortadas 37 mil vagas, e na educação, com cortes de 35 mil postos.
O rendimento médio do trabalhador na região metropolitana de São Paulo caiu 0,6% em fevereiro na comparação com janeiro e ficou em R$ 1.636,80.
Segundo Azeredo, a alta da inflação foi um dos fatores que contribuíram para reduzir os rendimentos.
São Paulo foi a única região metropolitana a apresentar sinal negativo na comparação com o rendimento de fevereiro de 2010. O valor caiu 0,1%.
O segmento que puxou para baixo o rendimento em São Paulo foi o de serviços prestados a empresas, que registrou queda de 4,5% em relação a fevereiro do ano passado. Este grupo de atividades é abrangente e inclui desde serviços de intermediação financeira, analistas, consultores a serviços terceirizados de limpeza. Em São Paulo, esta categoria representa cerca de 17%.
Apesar da deterioração no rendimento e no desemprego, São Paulo registrou alta de 2,7% no número de trabalhadores com carteira assinada, na comparação com janeiro. Isso significa um acréscimo de 128 mil trabalhadores formais.
Segundo Azeredo, a formalização se tornou uma tendência com a melhora da economia nos últimos anos.
O IBGE mede o desemprego com base em um levantamento domiciliar realizado em seis regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.
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