Sema determina revisão de manejos investigados na Jurupari e São Tomé
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) designou dois servidores para análise dos dados geoespaciais dos processos de planos de manejo referentes às operações Jurupari e São Tomé. Ambas desbarataram quadrilhas que comercializavam créditos florestais fraudados, possibilitando a comercialização de madeira extraída de forma irregular no Nortão.
Conforme o secretário Alexander Maia, os servidores terão um prazo de 60 dias para apresentação dos relatórios ao secretário adjunto de Mudanças Climáticas da Sema, Júlio Cesar Bachega. A portaria foi publicada hoje, no Diário Oficial do Estado.
A Operação São Tomé foi realizada há alguns dias, pela Polícia Civil, e prendeu dez pessoas acusadas de invadir uma fazenda em União do Sul (660 km de Cuiabá), fraudar a legalização da terra e conseguir a escritura da mesma, implantar plano de exploração florestal fraudulento e inserir crédito falso de 20 mil metros cúbicos de toras no sistema online da Sema.
A estimativa da polícia é que a quadrilha tenha comercializado até R$ 3 milhões em créditos virtuais de toras, o que permitiu indústrias madeireiras da região comercializar madeiras retiradas de áreas sem manejo.
Já a Operação Jurupari, deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2010, prendeu servidores da Sema, inclusive o ex-secretário Luis Daldegan e dois ex-adjuntos, Afrânio Migliari e Alex Sandro Marega, por acusações de envolvimento com uma quadrilha que facilitava a emissão fraudulenta de planos de manejo e licenças ambientais.
A Secretaria chegou a suspender, no mês de junho do ano passado, 84 processos de licenciamento e exploração florestal, bem como as licenças, autorizações concedidas e os cadastros de consumidores de produtos florestais (CCSEMA), de empresas envolvidas na Jurupari. Parte dessas licenças está sendo desbloqueada.
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