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Internacional
Quarta - 23 de Março de 2011 às 17:47

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O Parlamento de Portugal rejeitou nesta quarta-feira o plano de estabilidade financeira. Na semana passada, o premiê português, José Sócrates, havia dito que renunciaria caso o plano não fosse aprovado.

Portugal enfrenta uma crise econômica de risco de crédito. O país vem pagando juros cada vez mais altos para tomar empréstimos no mercado financeiro. Isso porque sua dívida chegou em um nível considerado elevado demais pelo mercado financeiro.

Analistas acreditam que Portugal poderá chegar em breve ao ponto de ter que recorrer a socorro financeiro internacional, como fizeram a Grécia e a Irlanda. Esse pedido de ajuda pode ser formalizado na quinta ou sexta-feira, durante encontro de líderes da União Europeia.

A crise econômica vivida por Portugal desencadeou uma crise política no país. O Parlamento do país votou nesta quarta-feira medidas de austeridade fiscal que, ao ser vetado, cria cenário para um potencial colapso da administração da minoria Socialista um dia antes do encontro de líderes europeus.

O primeiro ministro José Sócrates ameaçou deixar o cargo caso a oposição votasse contra o pacote.

Os juros cobrados pelos investidores para emprestar dinheiro para o governo de Portugal atingiram a 8,01% na terça-feira. A taxa é a mais alta já paga pelo país, mas próxima das que foram colocadas na semana passada, de 8% ao ano.

Os títulos vendidos nesta terça-feira foram os da dívida soberana, ou seja, do governo, com vencimento em cinco anos.

O prêmio de risco que os investidores exigem para comprar um título da dívida de Portugal foi de 537 pontos básicos em cinco anos e de 415 pontos em 10 anos.

O prêmio de risco é a diferença entre os juros que o país ou empresa pagariam em condições normais e o que pagam por oferecer um risco de calote ao investidor durante um período de crise.






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