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Internacional
Quarta - 23 de Março de 2011 às 13:26

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Os aviões da coalizão internacional na Líbia bombardearam nesta quarta-feira as forças do ditador Muammar Gaddafi perto da cidade de Misrata, onde rebeldes da oposição enfrentam uma forte ofensiva. Ao menos 90 teriam morrido no ataque.

Gaddafi mantém tanques e franco-atiradores no centro de Misrata, a terceira maior cidade do país. Os rebeldes, que têm conseguido manter o controle, relatam um massacre, com atiradores matando até mesmo médicos que aplicam os primeiros-socorros em feridos. Os hospitais, relatam testemunhas, estão lotados e muitos feridos aguardam no chão por tratamento.

"O aviões aliados bombardearam duas vezes até agora. Às 0h45 (19h45 de terça-feira em Brasília) e depois novamente menos de duas horas atrás", disse um morador local Saadoun, citado à agência de notícia Reuters.

"Eles [as forças pró-Gaddafi] não dispararam uma única vez desde o ataque aéreo", comemorou.

Outro morador disse que os ataques atingiram uma base, ao sul de Misrata, onde as forças Gaddafi estão abrigadas.

Mais cedo, testemunhas na cidade relataram clima de medo. "As pessoas estão vivendo em um estado de medo. A eletricidade foi cortada, a água foi cortada".

Somente nesta terça-feira, disparos de atiradores e de obuses mataram 17 pessoas, incluindo cinco crianças, informou à France Presse um médico de um hospital da cidade.

Essas missões de bombardeio de precisão podem ser dirigidas de longa distância, com sistemas eletrônicos. Às vezes, eles usam informações de rebeldes na zona-alvo ou das forças especiais das patrulhas de reconhecimento de longo alcance para orientar os aviões.

Além de impor a zona de restrição aérea, a operação internacional Aurora da Odisseia tem como objetivo proteger os civis líbios da repressão violenta das forças de Gaddafi. Os tanques do ditador em Benghazi, reduto dos rebeldes no leste do país, foram o primeiro alvo da ofensiva, ainda no sábado (19).

Mesmo antes do ataque em Misrata, o almirante americano Peg Klein disse que aviões seriam enviados para atacar tanques de Gaddafi.

"Algumas dessas cidades ainda têm tanques avançando sobre eles, para atacar o povo líbio", disse Klein, comandante do grupo de ataque expedicionário a bordo do USS Kearsarge.

Citando ordens do presidente americano e a resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que aprovou a intervenção, o almirante afirmou que os tanques são o alvo dos aviões dos EUA deslocados na Líbia.

TRÍPOLI

A manhã de quarta-feira (madrugada em Brasília) foi marcada por explosões e artilharia pesada antiaérea na capital da Líbia, Trípoli, aparentemente mais um dia de ofensiva internacional contra as forças de Muammar Gaddafi.

Ao menos duas explosões foram ouvidas antes do amanhecer desta quarta-feira. Segundo a rede de TV CNN, a fonte das explosões e dos tiros não está clara.

Mas a região atingida tem uma grande base militar --um dos alvos prioritários da operação Aurora da Odisseia.






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