Previsão de crescimento do Reino Unido foi reduzida para 1,7%
O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, disse nesta quarta-feira que o crescimento econômico do país será menor que o estimado anteriormente.
A previsão era de crescimento de 2,1% este ano, mas foi reduzida para 1,7%.
Para 2012, a previsão de crescimento também caiu, de 2,6% para 2,1%.
Osborne disse que as causas da piora nas expectativas são o aumento da inflação, consequência do crescimento do preço das commodities.
O PIB do Reino Unido foi negativo em 0,6% no último trimestre do ano passado, o que gerou temores de recessão. O governo atribuiu esse resultado a ondas de frio que paralisaram o país em dezembro.
Osborne faz nesta quarta-feira a apresentação do orçamento público britânico do período 2011/2012.
A inflação do país em 12 meses até fevereiro foi de 4,4%, mais que o dobro da meta de 2% ao ano.
Na reunião de março, o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra manteve a taxa básica de juro em 0,5%, a mínima recorde no Reino Unido.
Com seis votos a favor e três contra, o comitê manteve a taxa pelo 24º mês seguido.
Segundo a ata do encontro de 9 e 10 de março, divulgada nesta quarta-feira, o comitê decidiu manter o índice porque não houve mudanças significativas nas perspectivas de médio prazo.
Apesar de reconhecer um "risco significativo" da inflação superar 5% nos próximos meses, o comitê disse ser cedo para dizer o quão fortemente a economia se recupera depois de uma surpreendente contração no fim do ano passado.
"O equilíbrio entre os riscos para cima e para baixo para as perspectivas de inflação de médio prazo provavelmente não mudarão significativamente no mês", aponta a ata, que não descarta o risco de aumento da inflação puxado pelo recente aumento dos preços do petróleo e pela pouca reação do mercado imobiliário.
O economista-chefe do banco, Spencer Dale, e o membro da diretoria Martin Weale votaram por um aumento de juro em 0,25 ponto percentual, o mesmo voto de fevereiro. Andrew Sentance manteve o voto por elevação de 0,50 ponto. Os outros seis membros do comitê votaram pela manutenção da taxa a 0,5%.
Enquanto pesquisas empresariais mostraram alguma recuperação, o gasto e a confiança dos consumidores enfraqueceram fortemente, acrescentou o documento.
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