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Nacional
Segunda - 21 de Março de 2011 às 14:14

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Conhecido no jargão da aviação comercial como "open skies" (céus abertos), o Brasil aos poucos liberaliza os voos internacionais com os dois principais mercados emissivos e receptivos do país: a Europa e os Estados Unidos.

Isso significará que as companhias aéreas brasileiras, europeias e americanas poderão, a partir de agora, definir e escolher o número de voos que querem fazer, as cidades (destinos) a serem atendidos e, principalmente as tarifas, que deixam de estar sob a supervisão de agências reguladoras, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e passam a obedecer as oscilações do mercado.

Isso, logicamente, vai ser muito bom para o bolso do passageiro que pagará menos com o aumento da oferta e para as musculosas companhias aéreas, pela própria lógica da economia quando pulverizada.

O acordo com os Estados Unidos, que foi assinado nesta sexta-feira (18), em Brasília, será implementado em cinco etapas e a primeira está prevista para outubro deste ano.

Com isso, a Anac autorizará a realização de mais 28 voos para destinos americanos partindo a metade do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e a outra metade de aeroportos brasileiros, com exceção de São Paulo.

O acordo com a União Européia será assinado em julho e terá um aumento de 20% no número de voos semanais para quaisquer aeroportos do país, novamente com exceção de São Paulo.

Atualmente o Brasil possui 15 acordos bilaterais de transporte aéreo com países europeus. Com o acordo, passa-se a ter acesso a 27 países daquele continente.

Na prática, essa política de "céus abertos" desafogará o Aeroporto Internacional de Guarulhos já saturado e estimulará o uso do Aeroporto Internacional do Galeão, que segundo a Anac, opera apenas com 56% de sua capacidade.

O aumento dessa conectividade com o mundo, além de ser ótimo para as empresas aéreas com mais musculatura no mercado internacional, será sem dúvida alguma para os brasileiros que poderão, a partir de sua própria cidade e região, colocar o pé no mundo sem passar pelo congestionamento de boeings e airbus de São Paulo.

Resta-nos no entanto, aguardamos a política de desenvolvimento de infraestrutura do governo brasileiro, já que os nossos aeroportos necessitam de modernização, obras de expansão e melhoria no atendimento e mais conforto.

O próprio ministro da Defesa, Nelson Jobim, reconheceu recentemente essa deficiência, mas que investimentos estão sendo feitos. Os céus mostrarão.






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