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Sábado - 19 de Março de 2011 às 08:10
Por: JEAN CAMPOS

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O senador Pedro Taques criticou, nesta sexta-feira (18.03), o atual modelo de gestão da saúde pública adotada pelo Estado de Mato Grosso. “Com todo respeito àqueles que possuem opinião contrária, entendo que passar o serviço fim de saúde para Organizações Sociais (OSs) é abrir as portas para a picaretagem”, afirmou o pedetista, em entrevista nesta sexta-feira (18.03) ao programa Chamada Geral, apresentado por Lino Rossi na Mega 95 FM.

O parlamentar argumentou que consta da Constituição que a saúde é dever do Estado. “Se não tiver condições, aí o Estado passa o trabalho para hospitais filantrópicos, depois, para a rede privada. Isso está previsto na Constituição”, complementou.

De acordo com Pedro Taques, a inclusão das OSs na gestão pública acarretará a dispensa de concurso público para os médicos e dará espaço para as organizações realizarem compras sem licitação, aumentando, assim, a possibilidade de haver desvio de recursos.

O senador tem mantido agenda permanente junto a instituições da área da saúde e direitos humanos como CRM, CRO, COREN, CRESS, SINDIMED, entre outras, que pediram apoio para a luta por maior transparência de gestão para a saúde pública de Mato Grosso sem que haja repasse para a iniciativa privada. “Este governo não é um novo governo, é continuidade do interior. Criar um caos na saúde para privatizar não irá resolver os problemas. Precisamos de uma melhor gestão”, frisou o senador que ainda estuda uma forma de colaborar com a luta das entidades ligadas ao setor da saúde.

Reforma Política – Durante a entrevista, Taques lembrou que na reunião da Comissão da Reforma Política do Senado, manifestou-se contrário à reeleição e ao voto facultativo, argumentando que isso serve para que os candidatos que estão no poder façam uso da máquina pública para permanecer no cargo, conseguindo inúmeras vantagens sobre o adversário na corrida eleitoral. “Todas as nossas Constituições foram contra a reeleição e, em 1996, houve a Emenda que possibilitou a utilização deste mecanismo que, a meu ver, propicia o abuso de poder por parte daqueles que querem se manter no cargo”.

A Comissão decidiu pelo voto obrigatório e pelo fim da reeleição. Também foi recomendado o mandato de cinco anos para o Executivo. “Não existe voto obrigatório no país. O cidadão pode votar nulo, em branco e inclusive pagar a multa eleitoral”, complementou.

Audiência Pública – O senador aproveitou para reforçar o convite para o ciclo de audiências públicas realizadas em parceria com o deputado federal Valtenir Pereira (PSB-MT) para debater a Reforma Política.  O evento será realizado nesta segunda (21.03), na OAB de Cuiabá e terá início às 19 horas.

A primeira audiência contará com a presença do juiz Marlon Reis, presidente de honra do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), e da deputada federal Luiza Erundina (PSB/SP).






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