Vasco quer dar camisa a Obama antes do Fla
A rivalidade entre Flamengo e Vasco já não é a mesma da segunda metade dos anos 80 e da década de 90, quando ambos disputavam o protagonismo do futebol carioca. Mas a chegada ao país do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, neste sábado, promete reacendê-la. Nos bastidores, os dois clubes vêm travando uma disputa silenciosa para ver quem será o primeiro a entregar uma camisa a Obama, e, como acontecia nos gramados, vale tudo por uma vitória histórica sobre o maior rival.
A guerra para conquistar o carinho do homem mais poderoso do mundo começou quando foi anunciado que Obama, a mulher Michelle e as filhas do casal, Sacha e Malia, desembarcariam de helicóptero, sábado à tarde, no gramado da Gávea, uma vez que o heliporto da Lagoa não teria espaço e condições de receber a aeronave da presidência americana. Tão logo foi informada, a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, anunciou que gostaria de dar uma camisa rubro-negra ao político, o que faria aumentar a lista de celebridades que um dia já tiveram o nome associado ao clube, como o Papa João Paulo II, Frank Sinatra e recentemente Madonna.
Algoz do Flamengo em diversas tardes de domingo e hoje presidente do Vasco, Roberto Dinamite, como em seus tempos de camisa 10, tratou de armar o contra-ataque, que, se bem executado, pode ser mortal. Ciente de que, antes de partirem de helicóptero para a Gávea, Obama e família serão recepcionados por dois fanáticos vascaínos — o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, cujas famílias darão as boas vindas a Obama em sua chegada ao Rio ao Rio, vindo de Brasília, a bordo do Air Force One, que aterrisará na Base Aérea do Galeão — Dinamite pediu à fornecedora de material esportiva do Vasco sete camisas. Na tarde desta quinta, elas foram entregues na casa de Cabral, que prometeu ao presidente vascaíno entregá-las a Obama.
As camisas são todas do terceiro uniforme do clube, que será lançado no próximo dia 24. Elas são pretas e fazem alusão à briga que o Vasco comprou, tornando-se o primeiro clube a ser campeão no país (no Campeonato Carioca de 1923) com atletas negros, que eram rejeitados nos outros clubes. Na gola do modelo, estão as palavras “Inclusão” e “Respeito”, e no lado esquerdo do peito há uma gravura de mão espalmada em preto e branco. Os assessores de Dinamite fizeram um texto em inglês para que Obama possa ler e entender o significado dos símbolos. Além do presidente, da mulher e das duas filhas, há uma camisa com o nome da avó queniana de Obama, Sarah Hussein, que até hoje vive na África.
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