A companhia é acusada de "homicídio involuntário" pelas 228 mortes com a queda
Justiça francesa indicia Air France por acidente em voo Rio-Paris
A Justiça francesa indiciou nesta sexta-feira (18) a companhia aérea Air France por "homicídios culposos" no acidente do Airbus A330 que caiu no oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo em 1º de junho de 2009, quando voava entre Rio de Janeiro e Paris, anunciaram os advogados.
Esta medida foi notificada ao diretor geral da empresa, Pierre-Henri Gourgeon, e seus advogados pelo magistrado Sylvie Zimmerman, em uma audiência no Palácio da Justiça em Paris, indicou o jornal francês Le Figaro.
No dia anterior, a fabricante francesa Airbus tinha sido indiciado pelos mesmos motivos.
De acordo com o Figaro, ambas as companhias acreditam que toda a investigação é prematura uma vez que não foi determiado com precisão as causas do acidente, e nem os destroços da aeronave e as caixas-pretas.
Uma nova busca pelos destroços do Airbus A330 está programada para começar a partir do dia 20 de março na costa do Brasil.
O avião caiu no mar na noite de 31 maio e 1 junho de 2009, e transportava passageiros de 32 nacionalidades, incluindo 72 franceses e 59 brasileiros. Todos morreram no acidente.
O BEA constatou que as sondas Pitot para medir a velocidade da aeronave falharam, mas que elas por si sós não puderam causar a tragédia de 1º de junho de 2009.
Jean-Claude Giudicelli, um dos advogados das famílias das vítimas, afirmou que "não há nenhuma dúvida sobre a responsabilidade coletiva da Air France e da Airbus". Segundo ele, "há provas arrasadoras".
Entre essas provas, Giudicelli destacou que o sistema que comunica os erros técnicos ao computador de bordo do avião indicou durante a queda da aeronave que as sondas Pitot não funcionavam e que, portanto, os pilotos não podiam controlar a velocidade de voo.
A Air France substituiu esse tipo de sondas em todos seus aviões após o acidente de 2009.

Comentários