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Sexta - 18 de Março de 2011 às 09:58
Por: Sissy Cambuim

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Prestes a completar um ano de sua exoneração do cargo de procurador da República, o senador Pedro Taques (PDT), que deixou o Ministério Público Federal (MPF) em 23 de março do ano passado, confessou que um dos motivos de sua demissão foi a morosidade dos processos no Brasil. “Me exonerei porque não aguentava mais ver processos como o do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Humberto Bosaipo e do deputado estadual José Geraldo Riva (PP) estarem há mais de 12 anos sem andamento”, declarou nesta sexta (18), em entrevista ao programa Chamada Geral, da rádio Mega FM.

Bosaipo foi afastado na última quarta (16) por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que acatou as denúncias apresentadas por Taques em 2002 que culminaram na operação Arca de Noé. Segundo o ex-procurador, Riva foi denunciado por 34 vezes juntamente com o ex-conselheiro pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, mas seu processo ainda não foi julgado.

Apesar de reconhecer que, como cidadão, a morosidade do Judiciário era um dos fatores que mais o incomodavam no MPF, ele também reconhece que já tinha um projeto político quando apresentou seu pedido de exoneração junto ao órgão. “A política é um projeto nobre. Quero estar aqui para servir à sociedade e não me servir dela. É muito bom estar em Brasília com tapetes macios e um bom ar-condicionado, mas não foi para isso que vim. Quero fazer um bom mandato e não me preocupo no que vai acontecer daqui a 8 anos”, explicou.

Agora, como parlamentar, ele afirma que, diante da situação, mantém apenas conversas institucionais com o presidente da Assembleia, mas descarta a possibilidade de qualquer outro tipo de relacionamento com Riva.





Fonte: RD News

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