Marco Nanini aproxima público de tragicomédia familiar
Quando atuou em "Os Solitários" (2002), espetáculo que reunia duas peças do americano Nicky Silver, Marco Nanini encerrou temporada com uma sensação: "Pterodátilos", que fazia par com "Homens Gordos de Saia", poderia um dia ser reencenada em um teatro que não fosse tão grande quanto o Alfa.
Essa é a explicação principal da revisitação que o ator --em sua terceira parceria com o diretor Felipe Hirsch-- faz ao texto, uma tragicomédia familiar. "Pterodátilos" volta hoje ao cartaz, reformulada para o teatro Faap, que tem 506 lugares.
"No Alfa, o espetáculo tinha uma impostação mais épica, mais operística", diz Nanini. "Ficamos com "Pterodátilos" na cabeça, achando que o espetáculo poderia ser encenado mais próximo do espectador", conclui.
O novo olhar aproxima a plateia de um núcleo familiar em processo de desmantelamento, o que não significa que a encenação agora se incline ao realismo.
Nanini interpreta dois papéis: o de uma menina problemática de 15 anos, rejeitada pela mãe, e o o pai dela, "um sujeito que vive seus problemas passivamente, como se estivesse na prisão".
Completam o núcleo familiar a própria mãe --que na temporada de 2002 foi interpretada por Marieta Severo e agora é vivida por Mariana Lima--, o outro filho do casal (Álamo Faço) e o namorado da filha (Felipe Abib).
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