O conformismo permeou o ambiente do Grêmio após o empate por 1 a 1 com o León, no Peru. De Porto Alegre, pela televisão, o presidente do clube, Paulo Odone, parece ter assistido a outro jogo, adotando um discurso agressivo e em tom de insatisfação diante do resultado conquistado, indo em direção inversa ao técnico Renato Gaúcho e os dirigentes presentes em Huánuco. As reclamações do mandatário recaíram, principalmente, em relação à qualidade da atuação da equipe como um todo e na vontade demonstrada pelos jogadores em campo.
Odone mostrou preocupação com o futebol apresentado. Ele teme que desse modo o tri da América não seja conquistado. "Assim não se bota faixa na Libertadores", criticou o dirigente em entrevista à Rádio Gaúcha. "Tem que mudar. O time tem que ter mais determinação e superação".
O presidente mostrou-se insatisfeito com as modificações do treinador, especialmente a efetivada ainda no primeiro tempo, com a saída do volante Fernando e a entrada do atacante Junior Viçosa.
As cobranças apareceram de maneira forte e sem papas na língua. A ausência de André Lima, lesionado, e Jonas, negociado no começo do torneio continental, foram rechaçados como possíveis problemas enfrentados pelo elenco. Para preencher o espaço, Renato optou por escalar Carlos Alberto mais adiantado.
"Com esse time que entrou em campo se podia fazer uma partida muito melhor que essa. Não houve a aplicação de outras viradas. O time ficou devendo. Não é problema de reforços", opinou.
A vitória do Junior de Barranquila sobre o Oriente Petrolero, na madrugada de sexta-feira, por 2 a 1 complicou o plano gremista de ser o lidar da chave 2. Os colombianos são os líderes do grupo com 12 pontos e 100% de aproveitamento. O Tricolor é o segundo com sete pontos, faltando duas rodadas para o término da fase.
Comentários