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Internacional
Quinta - 17 de Março de 2011 às 20:41

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O ex-presidente Jean-Bertrand Aristide embarcou nesta quinta-feira rumo ao Haiti, após sete anos de exílio na África do Sul.

Aristide, uma figura controversa, mas muito popular entre os haitianos, deve chegar ao Haiti às vésperas do segundo turno presidencial.

Cerca de 50 jornalistas assistiram Aristide embarcar em um pequeno aeroporto no norte de Joanesburgo, que frequentemente lida com voos privados.

"Não podemos mantê-lo refém se ele quer ir", disse o ministro da Casa Civil sulafricano, Collins Chabane, ressaltando que o governo haitiano enviou um passaporte diplomático ao ex-ditador no mês passado.

O advogado de Aristide, Ira Kurzban, disse que ele chegará ao Haiti por meio-dia de sexta-feira.

Aristide, um antigo padre, foi duas vezes eleito presidente do Haiti, e continua a ser popular entre a população mais pobre do país caribenho. Milhares e milhares de pessoas devem aguardar seu retorno no aeroporto de Porto Príncipe.

Ainda ontem (16), o coordenador da comissão de mobilização permanente do partido Família Lavalas disse que Aristide estaria de volta ao Haiti antes do segundo turno das eleições presidenciais, marcado para o domingo (20).

"O retorno de Aristide é muito iminente. O presidente estará no país antes do dia 20 de março", disse Felix Ansyto.

A imprensa local informou que os preparativos estão em curso em frente à casa de Aristide.

Para os EUA a volta do ex-ditador deve desestabilizar o país, que amarga os resultados do terremoto de janeiro de 2010, além de uma epidemia de cólera e o impasse eleitoral que ainda não produziu um novo presidente.

OEA CONDENA VIOLÊNCIA

A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou na segunda-feira a violência suscitada no Haiti às vésperas do segundo turno do pleito presidencial, que será celebrado no próximo domingo.

"Os candidatos têm a responsabilidade de acalmar seus partidários e de pedir serenidade, e deveriam condenar publicamente todos os atos de violência eleitoral contra seus próprios partidários e aqueles de outros partidos", disse a OEA em comunicado.

A organização, que condenou a violência registrada na semana passada entre os partidários dos diferentes grupos políticos, pediu que os candidatos "façam tudo que estiver em suas mãos" para que a campanha "continue sendo desenvolvida em um ambiente de tolerância e respeito mútuo".

A missão eleitoral conjunta entre a OEA e a Comunidade do Caribe (Caricom), a Moec, condena o homicídio de algumas pessoas que estavam colando cartazes na semana passada, mas destacou a "rápida resposta" da Polícia Nacional do Haiti.

A missão pede que seja imposta uma investigação para "determinar as responsabilidades" por este "ato criminoso" e assinala que até agora a campanha presidencial "estava sendo realizada em uma atmosfera marcada em grande parte pela boa convivência e pela harmonia".

Cinco dos candidatos que concorreram no primeiro turno das eleições à Presidência do Haiti anunciaram seu apoio ao cantor Michel Martelly, que enfrentará a ex-primeira-dama Mirlande Manigat no segundo turno das eleições em 20 de março.






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