Obama vai à embaixada do Japão apresentar pêsames por tragédia
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi nesta quinta-feira à embaixada do Japão nos Estados Unidos, em Washington, para assinar o livro de condolências, seis dias após o terremoto e tsunami que devastaram o leste do país e originaram uma grave crise nuclear.
A comitiva chegou pouco antes das 14h (15h de Brasília) à representação diplomática nipônica, em um evento que não estava previsto na agenda do presidente.
Mais cedo, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que Obama sabe que o Japão tem total consciência da severidade da crise nuclear que o país enfrenta.
Os EUA recomendaram aos seus cidadãos que saiam de um raio de 80 km da usina nuclear de Fukushima Daiichi, enquanto Tóquio recomendou a retirada dos moradores de um raio de 20 km. O Pentágono também não permitirá a seus soldados se aproximar a menos de 80 km da central danificada.
Obama ligou ainda na noite desta quarta-feira ao primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, e disse que seu governo fará tudo o que puder para ajudar o Japão a se recuperar da tragédia.
"O presidente ressaltou que os EUA estão determinados a fazer tudo o que for possível para apoiar o Japão em seus esforços para superar os efeitos do devastador terremoto e do tsunami de 11 de março", explicou Carney.
Obama informou Kan sobre a ajuda que os EUA estão proporcionando ao Japão, a qual inclui equipes militares especializadas com experiência na resposta a emergências nucleares.
Por sua vez, Kan informou ao presidente americano das medidas que o Japão adotou para conter a emergência nuclear e para tentar controlar a situação.
Enquanto isso, os EUA autorizaram a saída das famílias dos diplomatas americanos que estão em Tóquio, Nagoya e Yokohama que queiram abandonar o nordeste do Japão.
Ao todo, são cerca de 600 famílias, informaram na noite de quarta-feira o subsecretário de Estado para Assuntos de Gestão, Patrick Kennedy e o subsecretário de Estado para Assuntos Energéticos, Dan Poneman.
VÍTIMAS
O balanço oficial do terremoto e tsunami, seis dias depois da catástrofe, chegou a 5.178 mortos e 8.606 desaparecidos. No entanto, apenas na cidade de Ishinomaki, o número de desaparecidos alcança 10 mil pessoas, segundo autoridades locais.
O número de feridos é de 2.285, enquanto mais de 88 mil casas e edifícios foram destruídos, total ou parcialmente.
As autoridades japonesas também precisam enfrentar a crescente impaciência dos cerca de 500 mil desabrigados, ante a escassez de água potável e alimentos, apesar da mobilização sem precedentes de 80 mil soldados, policiais e socorristas.
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