Radiação em Fukushima afeta pelo menos 45 pessoas, diz AIEA
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) informou nesta quinta-feira que 23 pessoas ficaram feridas na usina nuclear de Fukushima, outras duas estão desaparecidas e mais de 20 foram contaminadas pela radiação local.
Em comunicado, a agência das Nações Unidas reconhece que, "dada a incerteza" sobre a situação na usina, seriamente danificada pelo terremoto e posterior tsunami do último dia 11 no nordeste do Japão, os números "estão suscetíveis a mudanças".
As autoridades japonesas confirmaram à AIEA que, entre as pessoas feridas -- quase todas funcionários da empresa operadora [Tepco] ou terceirizados --, há uma pessoa "hospitalizada em estado desconhecido" e outras duas que "adoeceram subitamente".
Há também sete funcionários e quatro membros da Defesa Civil Japonesa "feridos pela explosão no reator três em 14 de março", indica o organismo, que não informa sobre o grau de gravidade dessas lesões.
Um funcionário fraturou as pernas, quatro foram hospitalizados após sofrer "ferimentos menores" durante a explosão no reator 1 no dia 11, dois funcionários da Tepco foram levados ao hospital por problemas respiratórios e outras duas pessoas "sofreram ferimentos menores".
Além disso, há duas pessoas "desaparecidas" na lista.
Por outro lado, a AIEA estima que há mais de 20 pessoas -- 18 funcionários, 2 policiais e um número indeterminado de bombeiros -- que foram expostas a contaminação radiológica na central de Fukushima, que tem seis reatores.
Em um dos funcionários, observou-se uma exposição "significativa" a radioatividade, que foi levado a um hospital, enquanto outros "não foram hospitalizados devido ao baixo nível de exposição" à radioatividade, e dois policiais foram "descontaminados".
"Os bombeiros que estiveram expostos a radiação estão sendo examinados", conclui a nota, antes de afirmar que a AIEA continua tentando obter mais informações das autoridades japonesas.
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