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Saúde
Quinta - 17 de Março de 2011 às 07:24
Por: DHIEGO MAIA

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Geraldo Tavares/DC
Moradores do Pedra 90 sofrem com acúmulo de lixo e, por consequência, alta incidência de dengue
Moradores do Pedra 90 sofrem com acúmulo de lixo e, por consequência, alta incidência de dengue

O índice de infestação larval (Lira) do mosquito da dengue em Cuiabá já é quase sete vezes maior do que o tolerável pelo Ministério da Saúde. Divulgado ontem pela Vigilância Epidemiológica da Capital, o Lira obteve índice de 6,8%, isso representa a presença da larva do Aedes aegypti em 6,8 imóveis a cada grupo de cem e eleva ainda mais a possibilidade de Cuiabá vir a sofrer surto da doença.

O surto é apontado para localidades cujo índice ultrapassa 3,9%, segundo o Ministério da Saúde. Mato Grosso se juntou a outros 15 estados classificados com nível de risco muito alto de transmissão de dengue por conta da realidade da doença em Cuiabá.

Para o ministério, o índice de infestação larval é considerado ideal quando não passa de 1%. O levantamento serve de parâmetro para as autoridades de Saúde medirem o comportamento da doença em uma dada localidade, sendo atingido através de amostras em residências. Em Cuiabá, agentes de saúde visitaram aproximadamente 12 mil imóveis.

O problema é que na Capital o índice só cresceu nos últimos meses. Em novembro, o Lira obteve 3,4% de infestação. Um mês depois, quase dobrou chegando ao patamar de 6,4% e, agora segue mais alto, com 6,8%.

A região com maior Lira em Cuiabá é a sul. Por lá, os bairros Parque Nova Esperança, Loteamento Jardim São Paulo e segunda etapa do Pedra 90 estão com infestação de 14,4%. Em outro extremo da cidade, na zona norte, o índice está na cota de alerta, mas é bem mais baixo, com 2,6% e foi registrado nos bairros Novo Paraíso I, CPA I, Centro América, Morada do Ouro e Tancredo Neves.

Ainda segundo a Vigilância Epidemiológica, a população é a maior responsável pela criação de ambientes favoráveis para a proliferação do mosquito. Do total de imóveis inspecionados, 50,3% apresentaram criadouros do mosquito, sendo encontrado em depósitos ao nível do solo. O levantamento apontou ainda que 28,8% dos criadouros estão em lixos e outros resíduos sólidos. Já outros 10,5% dos criadouros estão em depósitos considerados móveis, como vasos, pratos e frascos com plantas e bebedouros em desuso. Ainda foram encontradas larvas em pneus e em depósitos naturais como calhas, lages, ralos e sanitários em desuso.

MEDIDAS – De acordo com a coordenadora do Programa da Dengue em Cuiabá, Alessandra Carvalho, os mutirões de limpeza, as multas contra terrenos baldios irregulares e a fiscalização em casas abandonadas são medidas eficazes contra o avanço da doença. Hoje, a pasta estadual da Saúde vai divulgar novo boletim epidemiológico dos casos da doença. O último, de 10 de março, revelava que Cuiabá apresentava a notificação de 3.3378 casos, sendo sete graves, além de mais uma morte sob investigação. (Com assessoria).






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