"A meta para esse ano é conseguir vencer uma ou duas corridas, sendo o primeiro brasileiro a fazer isso, e eu queria ser o rookie of the year (novato do ano). Ficaria muito feliz com isso", projetou, em entrevista exclusiva ao Terra TV nesta quarta-feira. Atualmente, ele corre pela Kevin Harvick Inc. na Nascar Camping World Truck Series, em caminhonetes menos potentes que o restante dos carros da categoria.
A escolha foi estratégica: em 2010, Nelsinho Piquet fez corridas em três divisões da Nascar para fazer um reconhecimento, mas optou pela Truck Series. "O peso dos três carros é igual, mas a downforce (força que empurra o carro contra o solo) da caminhonete é maior, e ela tem menos potência. É a categoria que gruda mais na curva, mas anda menos na reta. Facilita o jeito de andar, o que, para mim, é a melhor opção", explicou.
A evolução de seu estilo de pilotagem ainda deve levar Nelsinho à Arca, categoria que tem os mesmos carros da categoria principal, mas mais velhos e usados, e à Nationwide, o auge da Nascar. "O plano é, em cinco anos, chegar até a categoria principal. É claro que demora para pegar ritmo, conhecer as pistas, as pessoas. Mas pretendo ir aprendendo e ir subindo de categoria de tempo em tempo", disse Nelsinho Piquet.
Até o momento, ele disputou três provas na temporada 2011 - ficou em 13º em uma delas, e não conseguiu completar as outras duas. Sua principal dificuldade tem sido lidar com o estilo de pilotagem: enquanto na Fórmula 1 o cuidado é extremo para evitar toque entre os carros, na Nascar os pilotos andam colados um no outro, aproveitando os vácuos criados pelos concorrentes. "Ainda estou me adaptando a isso", afirmou.
Sem influência paterna
A chegada de Nelsinho Piquet à Nascar também indica que, pela primeira vez em sua carreira, terá de se virar sem contar com a experiência de seu pai, Nelson Piquet, tricampeão mundial da Fórmula 1. Se na principal categoria do automobilismo a influência paterna foi primordial para sua ascensão, agora ela não terá efeito algum.
"No começo ele era importante para ajudar a aprender. Ele tinha passado por tudo aquilo: pela F3, pela F1, estava lá para ajudar. Na Nascar é diferente, é um caminho pelo qual ele nunca passou, é novidade. Ele vai para as corridas só para se divertir", afirmou Nelsinho, que deve contar com a audiência do pai durante a temporada: "esse ano ele vai se programar para poder assistir algumas provas".
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