Brasil apresenta fóssil do maior dinossauro carnívoro do país
Cientistas brasileiros apresentaram nesta quarta-feira os restos fósseis do "Oxalaia quilombensis" uma nova espécie do espinossaurídeos, considerado o maior de todos os dinossauros carnívoros que habitou o país.
O "Oxalaia quilombensis" pesava entre cinco e sete toneladas e sua altura oscilava entre 12 e os 14 metros, segundo explicaram os pesquisadores encarregados dos estudos paleontológicos em entrevista coletiva nesta quarta-feira no Rio de Janeiro, que acreditam que o animal viveu há cerca de 95 milhões de anos, no litoral do Maranhão.
A origem desta espécie se encontra nos terópodos espinossaurídeos, achados no norte da África, segundo a Academia Brasileira de Ciências, o Museu Nacional e outras instituições que participaram das pesquisas.
O nome científico "Oxalaia quilombensis" dado pelo Brasil a esta nova espécie é uma homenagem a Oxalá uma divinidade das religiões africanas introduzida no país durante a escravidão, e aos quilombos, os refúgios dos escravos brasileiros e seus descendentes.
Os restos fósseis deste dinossauro descoberto na ilha de Cajual (litoral norte), refletem que o "Oxalaia quilombensis" possuía um crânio alongado e uma grande mandíbula com capacidade para substituir com extrema rapidez dentes desgastados e quebrados devido a sua caráter carnívoro.
"Estas descobertas são de uma grande importância porque significam uma grande novidade paleontológica não só para o Brasil, mas para todo o mundo, sobretudo porque nos trabalhos participaram pesquisadores americanos, europeus e inclusive japoneses", disse à Agência Efe professora da Universidade de Pernambuco, Juliana Sayao.
A Academia Brasileira de Ciências, em colaboração com o Museu Nacional, também apresentou os restos fósseis de uma nova espécie de crocodiloformo (antepassado dos crocodilos) que habitou o país há 80 milhões de anos e que ainda hoje se localiza em rios e lagos, embora com diferenças anatômicas.
Esta espécie, denominada "Pepesuchus", tem um corpo alongado e extremidades curtas e apresenta uma cabeça adaptada para permitir que seu nariz e seus olhos fiquem acima do nível da água.
A estes achados é preciso acrescentar uma peça óssea de sete milímetros que pertence à mandíbula de um "Brasiliguana prudentis", um pequeno lagarto que habitou o país há 75 milhões de anos e que media entre 15 e 20 centímetros.
Esta minúscula peça, de tom amarelo e que deve ser observada com lupa, foi achada em 2004 no estado de São Paulo e corresponde ao maxilar esquerdo desta espécie, que também pertence à etapa do cretácio superior.
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