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Nacional
Terça - 15 de Março de 2011 às 18:00

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O Cremepe (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco) determinou nesta terça-feira a interdição do setor de necropsia (exame para determinar a causa da morte) do Instituto de Medicina Legal de Recife. O conselho alegou falta de condições de trabalho.

Na última sexta-feira (11), os funcionários do setor iniciaram uma operação padrão para reivindicar melhorias em salários e na infraestrutura do local. Três dias depois, o Cremepe fez uma visita técnica ao local e detectou irregularidades na estrutura do IML, como infiltrações, macas quebradas e falta de iluminação adequada, e nas condições de trabalho médico.

A partir da próxima sexta-feira (18), os corpos que se encontram no IML de Recife serão liberados como "causa indeterminada de morte", sem passar por necropsia. Na manhã desta terça, cerca de 40 corpos esperavam a liberação do IML.

"Não há palavras para descrever o que vimos ontem no IML. Os direitos humanos não se encerram junto com a morte", afirmou, em nota, o presidente do Cremepe, André Longo.

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco negou os problemas apontados pelo Cremepe e pelos funcionários do IML e anunciou uma reforma emergencial da sede do IML. As obras devem começar em até 90 dias, ao custo de R$ 2 milhões. A secretaria estima que a reforma seja concluída até o final do ano.

Ainda segundo a pasta, a decisão de liberar os corpos sem o exame de necropsia será investigada pela Corregedoria da Secretaria de Defesa Social.






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