Em entrevista coletiva, ele afirmou que as notícias são preocupantes, e que existe "a possibilidade de danos ao núcleo" depois da explosão no reator 2.
Amano, que é japonês, estimou que o problema pode ter afetado 5 por cento do combustível nuclear.
Segundo ele, é possível que tenha havido também danos na parte inferior do vaso de contenção primária, mas que isso não foi confirmado.
"É uma rachadura? É um buraco? Não é nada? Isso não sabemos ainda", afirmou Amano. Mas ele alertou que a pressão dentro do reservatório de contenção primária não diminuiu. "Se houvesse um dano enorme, a pressão cairia", disse.
Houve também um incêndio em um tanque de combustível usado em outra unidade, com vazamento de radiação, mas o fogo já foi apagado, relatou Amano.
Ele disse que a situação é preocupante, mas aparentemente é bem diferente do desastre de Chernobyl em 1986. Ainda assim, afirmou que esperava receber informações mais atualizadas e detalhadas.
A AIEA planeja enviar uma pequena equipe de peritos ao Japão, possivelmente para ajudar no monitoramento ambiental, disse Amano.
"Achei que o envio de uma missão ao Japão seria útil (...). Estamos agora discutindo a modalidade, o momento e a área de atuação", afirmou.
Segundo Amano, é difícil prever se a situação em Fukushima vai piorar ou melhorar. "Há indicações mistas".
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