Terceira explosão em usina aumenta alerta nuclear no Japão
Uma terceira explosão em quatro dias foi registrada nesta terça-feira (noite de segunda no Brasil) no complexo nuclear de Fukushima Daiichi, danificada pelo terremoto --seguido de tsunami-- de magnitude 9,0 que atingiu na última sexta-feira a costa nordeste do Japão, aumentando o alerta sobre possível contaminação por radiação na área. Também nesta terça, a polícia afirmou que o número oficial de mortos no país chegou a 2.414.
Os problemas em cascata no complexo nuclear começaram quando o tremor causou danos ao sistema de resfriamento dos reatores do complexo. Por precaução, cerca de 200 mil moradores já foram retirados das imediações.
A mais recente explosão ocorreu na unidade 2 da instalação, perto de uma piscina de supressão, que remove calor debaixo de um reservatório do reator, afirmou a proprietária da usina, a Tokyo Electric Power Co. Não há relatos de feridos, mas funcionários foram temporariamente removidos do local --segundo um porta-voz da agência de segurança nuclear japonesa, a primeira vez que isso ocorre.
Autoridades afirmaram que níveis de radiação no complexo estavam dentro de limites considerados seguros, e cientistas internacionais disseram que, enquanto há sérios perigos, há um pequeno risco de uma catástrofe como a explosão ocorrida em 1986 em Tchernobil, na Ucrânia, onde não havia tanques de contenção para segurar a radiação.
Nesta segunda, o governo japonês havia informado que a situação no reator 2 do complexo era instável. As varetas de combustível deste reator passaram 140 minutos completamente expostas, segundo a Tokyo Electric Power Co.
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