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Policia MT
Segunda - 14 de Março de 2011 às 09:42
Por: José Ribamar Trindade

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Os cartéis que lideram o crime organizado, via tráfico de drogas estão de volta. A Polícia Federal, que não fala sobre as investigações, quer saber, no entanto, quem são os novos chefões em Mato Grosso com conexão pelas fronteiras de Bolívia e Colômbia, e principalmente pelas regiões Sul e Sudeste. Tentam achar a linha de atuação e suas complexas ramificações. A “Guerra” contra os narcotraficantes, que usam aviões, barcos e carros de luxo e são considerados os mais poderosos das Américas já retirou de circulação, mais de duas toneladas de cocaína pura. Carregamentos avaliados por baixo em mais de U$ 13 milhões.
 
Apertados pelas fronteiras e pelo controle mais rigoroso do tráfego aéreo, os narcotraficantes mudaram de estratégia nos últimos anos. Agora, segundo investigações e dados da Polícia Federal, os traficantes utilizam pequenos aviões, e como se estivessem trabalhando na fertilização de lavouras “desova” pequenos, médios e grandes carregamentos de drogas em região de campos isolados do interior, principalmente na região Oeste de Mato Grosso. Os carregamentos são jogados do alto por aviões.
 
Horas ou dias depois, os traficantes chegam até os locais onde a droga foi “desovada” e prosseguem com o “trabalho” recolhimento e transporte até o destino final. Essa nova modalidade a Polícia Federal já tem conhecimento e já vem trabalhando em investigações, usando inclusive aparelhos sofisticados de rastreamento.
 
E foi assim, com investigações que já vinham sendo desenvolvidas, algumas há mais de seis meses, que a PF vem conseguindo alguns triunfos na “guerra” contra os narcotraficantes, alguns com ramificações internacionais.
 
Na “guerra”, a Polícia Federal já apreendeu, apenas nestes primeiros dois meses e dez deste ano de 2011, mais de duas toneladas e 300 quilos de cocaína em todo o Estado. Somente nos últimos sete dias a PF apreendeu uma tonelada e 857 quilos de “pó puro”. E fez ainda melhor, conseguiu uma das maiores apreensões de “pó” do Estado e do país das últimas duas décadas.
 
Depois de apreender 362 quilos de cocaína pura em Rondonópolis (Sul, a 220 quilômetros de Cuiabá), a Polícia Federal chegou junto a uma aeronave que caiu na Serra do Amolar, na divisa de Mato Grosso com  Mato Grosso do Sul. Dentro do avião de propriedade de uma grande empresa do Estado, a PF apreendeu 560 quilos de “pó puro”.
 
Como se as coisas estivessem programadas para acontecer um dia após o outro, a mesma PF de Mato Grosso conseguiu mais um triunfo na “guerra” contra os narcotraficantes. Sem querer, querendo os federais pediram ajuda da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para parar um caminhão aparentemente sem maiores problemas.
 
Em um assoalho falso de um caminhão cargo, com placa de Santa Catarina, mas com destino a São Paulo, os federais de Mato Grosso apreenderam 935 quilos de cocaína em sua mais legítima pureza. O inexpressivo veículo transportava simplesmente, um pó branco, muito consumido mundialmente. Produto químico que mata, mas que vale o equivalente a uma pequena fortuna de quase seis milhões de dólares por baixo dos panos.
 
Paralelo às grandes apreensões de drogas, a PF também trabalho como máximo de sigilo a identificação, principalmente dos líderes das organizações criminosas ligados ao tráfico internacional de drogas, também ligados aos cartéis da Bolívia e da Colômbia.
 
A Polícia Federal sabe, por exemplo, que por trás de grandes carregamentos de drogas não existe apenas um pequeno ou médio traficante, como acontece com o “tráfico formiguinha”, mas sim uma ou mais organizações criminosas muito bem lideradas por bandidos ligados a grandes cartéis bolivianos e colombianos.






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