Não há ameaça nuclear global, diz Putin sobre explosões no Japão
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira que "não há ameaça nuclear global" após as explosões registradas em uma central nuclear japonesa em consequência do terremoto e tsunami de sexta-feira (11), informou a agência Interfax.
"Em função dos dados dos quais dispomos, não pensamos que exista uma ameaça global", declarou Putin, em referência à situação no Japão, onde duas explosões foram registradas nesta segunda-feira no edifício do reator reator número três da central nuclear de Fukushima 1, afetada pelo terremoto.
"Nossos especialistas estão seguros de que não há ameaça para o território russo", completou.
O chefe dos serviços de saúde da Rússia, Guennadi Onichtchenko, afirmou mais cedo que os níveis de radioatividade registrados no extremo oriente russo estão de acordo com a norma e "não há motivos para retirar os habitantes da região".
EXPLOSÕES
Um terceiro reator da usina nuclear de Fukushima (nordeste do Japão) apresenta problemas com seu sistema de refrigeração, depois das duas explosões que ocorreram no local por causa da acumulação de hidrogênio. As funções de refrigeração do reator número 2 da central de Daiichi, em Fukushima, pararam por causa dos problemas provocados pelo terremoto de magnitude 9 que atingiu o Japão na sexta-feira (11), diz o governo.
O porta-voz do governo, Yukio Edano, afirmou que os responsáveis pela unidade têm "tudo preparado" para injetar água do mar no reator, a fim de tentar controlar sua temperatura.
A companhia operadora da central, a Tokyo Electric Power (TEPCO), informou que foi detectada uma queda do nível de água desse reator, embora tenha relatado que não deixou descobertas suas barras de combustível.
Os problemas no reator número 2 da central aconteceram pouco após uma explosão por acumulação de hidrogênio no recipiente secundário de contenção do reator número 3, que também sofria problemas de refrigeração.
A explosão foi similar à ocorrida no sábado (12) no reator número 1 dessa unidade e, igual a essa ocasião, não causou danos em seu recipiente primário nem vazamento maciço de radiação, segundo o governo.
O ministro Edano disse que as autoridades "farão todo o possível" para impedir que o recipiente secundário de contenção do reator número 2 sofra por sua vez uma explosão.
O forte terremoto da sexta-feira e o tsunami que o seguiu paralisaram a atividade de 11 usinas nucleares nas áreas afetadas, das quais quatro têm problemas com a refrigeração de seus reatores.
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