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Nacional
Sábado - 12 de Março de 2011 às 17:02
Por: Alex Fama

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O diretor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, comandante Ronaldo Jenkins de Lemos, prestou depoimento, ontem, como colaborador do processo criminal que apura o acidente entre o boing da Gol e o Legacy, que matou 154 pessoas em setembro de 2006. A oitiva com o comandante foi uma decisão do próprio juiz federal Murilo Mendes, que pretendia ouvir uma pessoa isenta.

De acordo com o magistrado, o depoimento foi importante para tirar dúvidas em relação a questões técnicas sobre o acidente. O pedido de esclarecimentos de um profissional isento ocorreu depois do depoimento de Sérgio de Almeida Salles, testemunha de defesa dos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. Além de confrontar o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) sobre o acidente, a testemunha de defesa não foi clara nas respostas e usou vários termos técnicos para confundir a Justiça.

Restam agora o depoimentos dos pilotos americanos sobre o fato, já que as oitivas com as testemunhas de defesa arroladas no processo foram canceladas pela própria defesa. A oitiva deles será realizada pelo juiz local por meio de videoconferência diretamente dos Estados Unidos nos dias 30 e 31 deste mês, às 11h (horário local).

Conforme Só Notícias já informou, o caso já completou quatro anos sem ninguém culpado pelo acidente. O Ministério Público Federal denunciou os pilotos americanos por atentado contra a segurança do transporte aéreo nacional. A ação foi apresentada em maio de 2009 com base em dois laudos periciais que identificaram a ocorrência de duas condutas que também foram causa do acidente. Os laudos são resultado do estudo e análise do relatório sobre o acidente feito pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), de dezembro de 2008.

Acidente
O boeing da Gol fazia o voo 1907, oriundo de Manaus (AM) com destino a Brasília (DF). Ao mesmo tempo o jato executivo Legacy vinha de São José dos Campos (SP) em direção a Manaus, onde pousaria para, no dia seguinte, partir rumo ao exterior. A 37 mil pés de altitude, na região de mata próxima ao município de Peixoto de Azevedo, a ponta da asa esquerda do jato Legacy colidiu com o boeing da Gol provocando danos que acarretaram a desestabilização e a queda do avião. O jato Legacy com todos os passageiros conseguiram pousar em uma base na serra do Cachimbo (PA).






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