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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sexta - 11 de Março de 2011 às 19:59

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Depois de oferecer mais de R$ 1,5 bilhão para poder mostrar o Campeonato Brasileiro no triênio 2012/13/14, a RedeTV! mostrou que ainda não tem patrocinadores (dinheiro) para bancar a transmissão das competições.
 

A proposta da RedeTV! foi de R$ 516 milhões por cada uma das três temporadas, o que representa R$ 1,548 bilhão.

Nesta sexta-feira, a emissora foi a única a apresentar uma proposta na licitação feita pelo Clube dos 13 (C13) depois de a Record e a Globo se recusarem a participar --elas negociação diretamente com os times rebeldes (leia mais abaixo).

Pelo documento apresentado pelo presidente do C13, Fábio Koff, a RedeTV! diz que a proposta valerá caso os 20 clubes que integram atualmente a instituição acordem por escrito com os valores em um prazo de até 60 dias.

A emissora, porém, colocou mais um item em que diz precisar de 60 dias a partir da data em que as equipes aceitem a proposta para conseguir obter patrocinadores para bancar as três edições do Campeonato Brasileiro.

"A fim de haja tempo hábil à captação de anunciantes para o patrocínio publicitário da operação", diz o documento. "Tal prazo se justifica porque o conflito existente entre os clubes integrantes do Clube dos 13 gerou repercussão negativa e insegurança jurídica perante patrocinadores e anunciantes em potencial", completa o texto assinado pelo diretor de relações institucionais da emissora, João Alberto Romboli.

Se neste prazo e com a condição de todos os clubes estarem de acordo a RedeTV! conseguir recursos a proposta estará valendo. Caso contrário, a proposta será revogada "isenta de multas, sanções ou indenizações", conforme o documento.

O CASO

Com a desistência da Record, a Rede TV! foi a única emissora de TV aberta a apresentar proposta pelo Nacional. Na prática, porém, a proposta da emissora pode não ter efeito prático. Isto porque a maioria das equipes do Clube dos 13 já anunciou que vai negociar individualmente.

Além da Globo e da Record, vários clubes, com o apoio da CBF, que faz oposição a Fábio Koff e é aliada da emissora carioca, já tinham anunciado que revogaram do C13 a regalia de negociar os seus direitos de TV e de outras mídias.

A Globo anunciou que pretende negociar individualmente com os clubes os direitos. A Record também já tinha aderido ao corpo a corpo, feito com pelo menos 11 clubes.

O C13 lança mão do argumento de que reza o seu estatuto que, enquanto os clubes de futebol não se desfiliarem, a entidade está investida do poder de negociar por elas.

"Pelo presente estatuto os associados autorizam a entidade a negociar de modo coletivo e previamente, com terceiros, os direitos individuais a eles pertencentes, especificados na legislação vigente", afirma o documento.

Mas partes envolvidas nas negociações, da perspectiva das outras mídias, lembram que o artigo seguinte retira os plenos poderes do C13, que teria de contar com os avais expressos das agremiações.

"A validade e eficácia da efetiva gestão dos negócios previstos no parágrafo anterior ficam condicionadas à anuência expressa dos associados, conforme estipulado na alínea "g" do caput deste artigo, formalizadas preferentemente nos contratos".

Para o advogado especialista em direito esportivo Heraldo Panhoca, o que o Corinthians fez está em linha com o artigo. "Cada clube, individualmente, pode não aceitar, revogando os poderes conferidos no parágrafo anterior".

A atitude do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que combate a anticoncorrência e com quem a Globo fechou acordo, é vista no mercado publicitário como um trunfo do C13.






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