O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta sexta-feira que a presidente Dilma Rousseff estuda a possibilidade de criação de novas faixas de alíquotas cobradas no Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Ainda não estão definidas quantas serão as faixas, mas o Palácio do Planalto descarta alterar a porcentagem de 27,5% de contribuição como alíquota máxima.
"Ela (Dilma) acolheu a possibilidade de rediscussão das faixas (de pagamento do IR). Ela vê com simpatia essa progressividade do reajuste", disse Carvalho, que participou nesta sexta de reunião da presidente com representantes das centrais sindicais.
Atualmente, o Fisco leva em conta quatro faixas de cálculo com alíquotas diferentes de tributação: quem ganha menos que R$ 1.499,16 não tem imposto retido na fonte mensalmente. A parcela da renda entre R$ 1.499,16 até R$ 2.246,75 é tributada em 7,5%; a parcela de R$ 2.246,76 até R$ 2.995,70, em 15%; de R$ 2.995,71 até R$ 3.743,19, em 22,5%; e qualquer valor acima de R$ 3.743,19 tem desconto de 27,5%.
Também em negociação com os sindicalistas, explicou Gilberto Carvalho, nos próximos dias o governo irá confirmar a correção de 4,5% na tabela de IR já para 2011 e deverá utilizar o centro da meta de inflação, hoje na casa dos 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, como mecanismo para as futuras correções. "Não podemos fazer nada que tire a seriedade do governo de perseguir a meta de 4,5%", disse ele.
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