Bolsas europeias têm menor fechamento do ano após terremoto
As Bolsas de Valores da Europa tiveram o menor fechamento de 2011 nesta sexta-feira, após um forte terremoto que abalou o Japão e reduziu ainda mais o apetite por risco do investidor, com as ações de companhias de seguros entre as mais afetadas.
Também contribuíram para a aversão a risco a intensificação dos conflitos civis no mundo árabe e preocupações sobre a crise de dívida soberana na zona do euro, enquanto líderes do bloco se reúnem para tentar resolver os problemas fiscais da região.
O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 encerrou em queda de 0,7%, aos 1.123 pontos, o menor nível de fechamento desde 31 de dezembro de 2010.
"Há uma rotação voltando-se para ativos defensivos, no curto prazo eu acho que o mercado pode continuar vulnerável", disse Colin McLean, diretor do grupo SVM Asset Management, em Edinburgh, que administra cerca de 650 milhões de libras em ativos.
"O terremoto japonês teve um impacto direto sobre as seguradoras, mas os investidores também estão preocupados sobre questões como o que vai acontecer com o fundo de estabilidade europeu e se outros países podem ser rebaixados."
As companhias de seguros tiveram o maior prejuízo, com o índice STOXX Europe 600 de seguros caindo 2,1%. Munich Re, Swiss Re, Hannover Re e o grupo francês Scor perderam entre 3,5% e 5,3%.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,28%, a 5.828 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,16%, para 6.981 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,89%, para 3.928 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1%, para 21.863 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 0,36%, para 10.398 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 0,27%, para 7.896 ponto.
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