Como em anos anteriores, às portas da sede do Governo regional de Madri reuniram-se representantes políticos, membros dos serviços de emergências, bombeiros, policiais locais e militares.
Quando o relógio marcou 9h, a presidente da Comunidade Autónoma de Madrid, Esperanza Aguirre, e o prefeito da cidade, Alberto Ruiz-Gallardón, colocaram um laurel junto à placa que lembra os cidadãos anônimos que ajudaram as vítimas dos atentados.
Além disso, as estações de trem de Atocha e El Pozo, onde dois trens explodiram, também fizeram atos de homenagem, da mesma forma que o Bosque del Recuerdo, no Parque do Retiro.
Em El Pozo, foi inaugurado um monumento que lembra as vítimas dos piores atentados da história da Espanha.
Madri também acolheu um seminário internacional sobre a ameaça do terrorismo islâmico na Europa Ocidental.
Em 11 de março de 2004, pouco antes das 7h30, quatro trens repletos de trabalhadores e estudantes explodiram, provocando a morte a 191 pessoas e deixando quase 2 mil feridas.
Muitas das vítimas eram imigrantes, sobretudo do leste da Europa, principalmente romenos, além de marroquinos e latino-americanos.
A justiça concluiu que os autores do massacre eram "membros de células ou grupos terroristas jihadistas".
Segundo a sentença, 22 homens participaram dos atentados, dos quais nove foram identificados como os que colocaram as mochilas carregadas com explosivos nos trens.
Entre eles, sete se suicidaram três semanas após os atentados em uma casa de Leganés (perto de Madri) ao ficar comprovada sua participação nos ataques.
Das quase 2 mil pessoas que ficaram feridas, uma mulher permanece em coma e pelo menos outras 13 recebem assistência médica em hospitais de Madri.
O Ministério do Interior espanhol informou que já resolveu as 3.555 solicitações apresentadas até o momento pelos feridos e familiares dos mortos no atentado e indenizou as vítimas com 314,3 milhões de euros (US$ 434 milhões).
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