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Internacional
Sexta - 11 de Março de 2011 às 13:14

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O terremoto que atingiu o Japão nesta sexta-feira deve agravar ainda mais a situação econômica do país que vive um momento difícil, com o aumento do deficit público e a desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) -- que retirou o país do histórico lugar de segunda maior economia do mundo, superada pela China.

Ontem, o Japão revisou para 1,3% nesta quinta-feira a queda de seu PIB (Produto Interno Bruto) entre outubro e dezembro, frente à baixa de 1,1% que fora anunciada anteriormente.

Em 2010, quando a China superou o Japão no posto de segunda maior economia do mundo, o PIB real japonês avançou 3,9%, o que não representa mudança na comparação com o dado preliminar.

O dado confirma que o PIB japonês desceu pela primeira vez em cinco meses, devido principalmente ao enfraquecimento do consumo privado, que representa 60% de sua economia.

A contração do consumo privado entre outubro e dezembro de 2010 foi de 0,8% na comparação com o trimestre anterior, 0,1% mais que o divulgado em 14 de fevereiro.

O governo japonês também revisou para baixo os investimentos privados do Japão no último trimestre do ano.

O BOJ (Banco do Japão) prevê que o país crescerá 2,1% durante este ano fiscal, que será concluído em março de 2011; e 1,8% no ano seguinte.

FMI

A economia japonesa tenta aliviar a grande dívida pública, a persistente deflação e o risco que um iene forte representa para as exportações. Em janeiro, o Japão registrou seu primeiro deficit comercial em 22 meses, de US$ 5,67 bilhões.

A dívida global e o deficit orçamentário do Japão não são suportáveis a médio e longo prazo, advertiu o subdiretor geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Naoyuki Shinohara, no dia 9 de fevereiro.

Com uma dívida de 200% do PIB (Produto Interno Bruto), o Japão teve sua nota a longa prazo rebaixada a AA- pela agência Standard & Poor"s em janeiro. Esta é a quarta melhor nota possível em um total de 22.

"Se a situação orçamentária atual prosseguir, isto provocará problemas", disse Shinohara.

Metade do orçamento do Estado nipônico é financiado pela venda de novos títulos do Tesouro.

Em janeiro, no Fórum Econômico Mundial de Davos, o Japão, junto com os Estados Unidos já haviam sido advertidos pelo fundo para combater seus inflados deficits orçamentários, com o FMI e agências de classificação de risco exigindo provas de que os países podem controlar a dívida pública.

O FMI disse que as duas maiores economias do G7 precisam apresentar planos críveis de redução de deficit antes que os mercados percam a paciência e vendam seus bônus.

No dia 28 de janeiro, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, prometeu aprovar reformas tributárias com o objetivo de conter o endividamento do país, mas a oposição pouco colaborativa e divisões dentro do próprio partido governista tornam pequenas as chances de sucesso.






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