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Economia
Sexta - 11 de Março de 2011 às 13:00

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O mercado brasileiro de ações iniciou os negócios em terreno negativo nesta sexta-feira, seguindo o clima desfavorável na cena externa após um forte terremoto ter atingido o Japão. O tremor está sendo considerado o pior a atingir o país desde que começaram a ser feitos registros, no final do século 19, segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês).

O sismo de 8,9 graus de magnitude derrubou as ações japonesas e do resto do mundo, levando o mercado global para o menor patamar em quase seis semanas.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, cede 0,19%, aos 66.5913 pontos. Ontem, a Bovespa fechou em queda de 1,82%.

Na Europa, a Bolsa de Londres perde 0,40%; em Frankfurt, o índice Dax cede 0,97%.

O dólar comercial é cotado por R$ 1,664, em um avanço de 0,18% sobre o fechamento de ontem. A taxa de risco-país marca 173 pontos, número 1,16% acima da pontuação anterior.

Montadoras de automóveis, fábricas de eletrônicos e refinarias fecharam em grande parte do Japão, após o forte terremoto que abalou o país, produzindo um tsunami, dobrando estradas e deixando milhões de casas e empresas sem energia.

Líderes dos partidos do governo japonês e da oposição querem um orçamento de emergência para ajudar a financiar os esforços humanitários, e o primeiro-ministro Naoto Kan pediu que eles "salvassem o país", segundo a agência de notícias Kyodo.

O banco central do Japão, que luta para impulsionar a economia anêmica, disse que fará o máximo para garantir a estabilidade do mercado financeiro, enquanto jatos da força aérea nacional rumam para a costa nordeste para avaliar os prejuízos do maior terremoto a atingir o país nos últimos 140 anos. O BC anunciou que antecipará a reunião de política monetária para segunda-feira, com decisão no mesmo dia.

Um tsunami de 10 metros de altura atingiu o porto de Sendai, na província de Miyagi, a cerca de 300 quilômetros de Tóquio, mas não houve notícia de danos.

As áreas em torno de Miyagi possuem importantes zonas manufatureiras e industriais, com muitas fábricas de produtos químicos e eletrônicos. A área é responsável por 1,7% do PIB (Produto Interno Bruto) do Japão, de acordo com a Macquarie Research.

"Há duas preocupações básicas relacionadas à economia. A primeira é que o frágil ciclo econômico não está pronto para suportar uma interrupção significativa", disse a Macquarie em comunicado. "A segunda é que a combinação de uma economia mais fraca com um fardo adicional sobre as finanças públicas colocará pressão de alta sobre os rendimentos pagos nos bônus."

O terremoto aconteceu no momento em que a terceira maior economia do mundo mostrava sinais de retomada após uma contração no último trimestre de 2010. O desastre eleva as previsões de que haverá interrupções em negócios essenciais, pelo menos no curto prazo.

INFLAÇÃO

Entre as primeiras notícias do dia, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou que a inflação mensurada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços -- Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, variou 0,48% na primeira prévia de março, ante alta de 0,66% no mesmo período de fevereiro. No acumulado dos últimos doze meses, foi registrada variação de 10,79%, enquanto sobe 2,29% no ano.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que o emprego industrial registrou variação positiva pela 12ª vez seguida na comparação com igual mês do ano anterior. Em janeiro, a alta foi de 2,7%, elevação menos intensa desde março de 2010 (2,4%).

No front externo, as vendas no varejo dos Estados Unidos avançaram pelo oitavo mês consecutivo em fevereiro, com alta de 1,0%, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Comércio norte-americano. As vendas totalizaram US$ 387,1 bilhões. Esta é a maior alta desde outubro.

Na Europa, o PIB italiano cresceu 0,1% no quarto trimestre de 2010 em comparação com os três meses imediatamente anteriores, e 1,5% se forem levados em conta os dados do mesmo período de 2009.

Na China, o governo divulgou que o IPC (índice de preços ao consumidor), principal indicador da inflação, subiu 4,9% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, superando as expectativas do mercado.






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